Ícone do site Gazeta do Cerrado

De sucuris gigantes a cobras-da-terra exclusivas: Conheça as serpentes do Tocantins e saiba como conviver de forma segura com esses répteis fascinantes

Cobra Dormideira é confundida com a jararaca, mas não oferece risco ao ser humano — Foto: Raiany Cruz/Divulgação

Engana-se quem confunde a Cobra Dormideira com a jararaca, pois a primeira não representa ameaça para os humanos — Foto: Raiany Cruz/Divulgação

O Tocantins tem 112 espécies de serpentes, incluindo uma exclusiva da região e apenas 12 delas são peçonhentas. Embora nenhuma das espécies existentes no estado tenha o ser humano como presa, é importante tomar cuidado ao encontrá-las, pois acidentes podem ocorrer, especialmente quando se sentem ameaçadas. Para lidar com esse risco, existem 32 unidades de referência no estado que disponibilizam soros antipeçonhentos.

A bióloga Raiany Cruz explica que cada tipo de serpente desempenha um papel específico no meio ambiente, desde predadoras de pragas em hortas e plantações até aquelas que se alimentam de serpentes peçonhentas nocivas ao ser humano, além do potencial do veneno de algumas espécies na farmacologia. Portanto, é importante conviver e coexistir com essas espécies e tomar alguns cuidados para evitar acidentes.

Algumas das espécies mais comuns no estado incluem jiboias, falsas corais e dormideiras, que apesar de assustarem a população, não oferecem grande risco para o ser humano. Já na área rural, a jararaca é a espécie de serpente peçonhenta que mais aparece.

As espécies têm períodos em que aparecem mais e podem causar mais acidentes. No caso da falsa coral, isso se dá no período de chuva, quando elas têm suas tocas inundadas. Já as jararacas aparecem mais no último trimestre do ano e no primeiro do ano seguinte, e o nascimento dos filhotes coincide com o momento em que as pessoas estão de férias em chácaras e sítios, o que pode aumentar a incidência de acidentes.

Para evitar acidentes com serpentes, é importante ter cuidado com folhas secas e pedaços de madeira acumulados, usar roupas e calçados apropriados para o campo e trilhas, não colocar a mão diretamente em locais que podem servir de tocas e não pegar os animais na natureza. Caso ocorra um acidente, é necessário manter a calma, lavar o local com água e sabão, levantar a parte do corpo afetada, tomar bastante água e buscar atendimento especializado o mais rápido possível. Ações como perfurar o local da picada, adicionar café, açúcar ou querosene e fazer garrote/torniquete não são recomendadas.

Com informações do G1 Tocantins

Sair da versão mobile