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Debate na Record: Três candidatos apresentam propostas com direito a pergunta ácida e alfinetada aos ausentes

(Reprodução/Rede Record)

Brener Nunes – Gazeta do Cerrado

Cobertura Especial e Exclusiva
– Gazeta do Cerrado –
Eleições 2018

Os candidatos Kátia Abreu (PDT), Mário Lúcio Avelar (PSOL) e Márlon Reis (Rede), participaram do debate na TV Jovem Palmas, afiliada Record no Tocantins. O encontro começou ao meio-dia desta terça-feira, 22, e foi mediado pelo jornalista Paulo Carneiro.

Não compareceram: Mauro Carlesse (PHS), Carlos Amastha (PSB), Vicentinho Alves (PR) e Marcos Souza (PRTB). Os candidatos alegaram incompatibilidade na agenda.

Cada candidato teve 40 segundos para fazer uma pergunta, responder por um minuto e 40. A réplica e tréplica com duração de 40 segundos.

O debate começou com o candidato Marlón Reis, perguntando a Kátia Abreu. “Quais medidas a candidata tomará para acabar com à corrupção no Estado?”, perguntou.

Kátia respondeu que devem ser estirpada por auditorias, com a contribuição de órgãos públicos como a Defensoria e o Ministério Público.

Na réplica, Marlón não concordou com Kátia. “Precisamos trazer a sociedade para dentro do governo. O problema é institucional. Escancarar as contas do governo”, disse.

Na tréplica, Kátia, afirmou que Marlón falou as mesmas coisas que ela, apenas com outras palavras.” O governante tem que ter sim uma atitude de transparência”, completou .

Em sua vez, Kátia perguntou a Mario Lúcio. “Nesses seis meses, quais seriam suas propostas para melhorar a sensação de segurança?”.

Mário afirmou que, “precisamos estruturar a polícia civil e militar, com equipamentos e estrutura de inteligência. Há um número insuficiente de policiais militares. É necessário que recomponham essa força”, disse.

Kátia Abreu, replicou, concordando com o candidato, incluindo um banco de horas. “Devemos finalizar o concurso após a segunda eleição. E dobrar o número de policiais civis”, disse.

Mário respondeu que não crê que o banco de horas seja uma solução.

Mário Lúcio perguntou a Márlon Reis, “qual sua proposta para acabar com esses impasses da corrupção no Estado?”, disse.

Márlon disse: “não podemos permitir que isso continue. Tudo é culpa da corrupção. Isso deve ser a primeira coisa deve ser feita pelo governo”, afirmou.

O candidato do PSOL concordou com Reis. “É um dever do governante que o dinheiro público seja bem administrado”. Mário também defendeu a transparência.

Na tréplica, Márlon afirmou que irá adotar medidas para acabar com a corrupção.

Kátia perguntou a Marlon: “O que o senhor fará para acabar com à pobreza?”, disse.

Marlón destacou que: “nesses seis meses será possível fazer muito. Melhorar a logística do estado. A máquina foi erguida pela incompetência. Não dá para fazer todas as mudanças, mas sim para começar. Fazer um novo Tocantins com foco na riqueza”, disse.

Na réplica, Kátia disse. “Na minha opinião, a chave é a educação. Muitas pessoas que estão na pobreza são analfabetas. Outra coisa, emprego, pretendemos levar educação, mão de obra”, disse.

Perguntas livres

Após as perguntas realizadas depois de sorteio. Começaram as perguntas sobre temas livres. O primeiro a perguntar foi o ex-juiz Márlon Reis.

Marlón Reis fez sua pergunta livre a Mario Lúcio. “Lhe pergunto sobre a Unitins. O que ela é hoje? E o que ela deveria ser?”.

Mario afirmou: “Necessário que qualifiquemos, implantar tecnologia, mais cursos, aperfeiçoamentos, recursos e estrutura”, destacou.

Reis, na réplica, disse: “Vejo que vamos fazer muito nesses seis meses. Irei dar autonomia administrativo a universidade. Nunca teve eleição para reitor. Irei cortar esse cordão umbilical.

“Ciência, pesquisa e tecnologia serão prioridade no nosso governo”, afirmou Mario na tréplica.

Assim, Mário perguntou a Kátia Abreu. “Como a senhora vê essas campanhas milionárias com carros, aviões e estruturas milionários?”, disse.

Kátia disse: “pior que tudo isso, é compra de poder político. Eles cortam o estado como uma vaca morta. Eles ficam em cima como urubus. Pior são esses pactos, esses conchavos. Todo o meu grupo opinou pela não compra de líderes políticos. Mas temos apoios de políticos que querem um Tocantins diferente”, afirmou.

Na réplica, Mário disse que a população deve prestar atenção nas campanhas, na história de vida dos candidatos.

Em sua tréplica, Kátia afirmou que, “queremos pessoas verdadeiras, que queiram fazer a diferença. Quero transparência total”, disse.

Após o pergunta de Kátia foi finalizado o primeiro bloco.

Sobre Esporte e Lazer, Mario Lúcio fez sua pergunta a Kátia Abreu. “Qual a proposta da senhora para o Esporte? Eles acaba com a criminalidade”, disse.

Kátia afirmou que deseja criar a Secretaria da Nova Geração. “Queremos afastar os jovens das ruas, queremos criar empreendedores. Daremos bolsas jovem, bolsas de estudo. Queremos uma geração forte e eficiente”, contou.

Mario disse na réplica que criará um conselho e fundo jovem para promover o esporte. “Queremos acabar com as drogas e a criminalidade. No meu governo, criaremos políticas públicas para esse meio”, disse.

O próximo tema foi Segurança. Kátia perguntou a Márlon Reis. “Nossas ruas estão vazias de policiais, e desestimulados. O que fará para estimular nossos agentes?”, pontuou.

Márlon disse: “Precisamos organizar as estruturas pelo lado correto. Quero dar continuidade ao concurso público que está suspenso”, destacou.

Na réplica, falou novamente sobre o banco de horas e que pretende continuar com o concurso para aumentar o efetivo de policiais no Estado”, destacou.

Márlon perguntou a Mario sobre infraestrutura. “Por que temos tantos problemas na infraestutura? Uma amostra disso é a ponte de Porto Nacional”, disse.

Mario disse que assistiu a implantação de Palmas. “Os recursos para o Estado foi desperdiçado desde sua criação. Recursos foram desviados desde sempre e não temos uma boa infraestrutra”, destacou.

Márlon perguntou a Kátia sobre a Operação Lavajato. “A senhora está sendo investigada na operação. O que tem a dizer?”, disse.

Kátia respondeu que não está sendo investigada. “Obrigado por perguntar sobre isso, pois vou esclarecer isso a população do Estado. Não estou sendo investigada, meu nome já foi excluído. Todo mundo foi citado na operação de início. Nunca iria colocar meu nome à disposição do povo tocantinense se estivesse envolvida”, disse.

Em sua vez, Kátia perguntou a Mário sobre cortes de gastos e o funcionamento da máquina.

“Irei enxugar a máquina, acabar com a gordura e com contratos. Mais recursos para a Educação e Saúde. Economizar recursos públicos e efetivar saúde e educação”, destacou Mário.

Já Mário, perguntou sobre as políticas públicas as minorias, principalmente os indígenas.

“Devemos preservar as áreas quilombolas. Não deve ter conflito. Já estarem grandes áreas para a agricultura”, disse Márlon.

No último bloco, os candidatos falaram diretamente com o telespectador.

No último bloco, Mário diz que lamenta a ausência dos “fujões” que não compareceram ao debate. “Tenho um compromisso com essa bandeira, diferente de outros que dizem por aí. Minha renda foi toda para combater a corrupção”, afirmou.

Márlon Reis, disse que estavam um tempo “longe” do Tocantins. “Fiz doutorado na Espanha, fui aos Estados Unidos fazer doutorado sobre corrupção. Fui convidado para ser candidato em outros estados como Rio de Janeiro e Maranhão. Mas, preferi voltar ao meu Estado, acabar com a desordem”, destacou.

Kátia Abreu disse que está preparada para governar o Estado. “Presidi coisas maiores que o Estado, nunca envergonhei o Tocantins. Uma mulher nunca governou o Estado. Me sinto preparada, otimista, com todas as técnicas e números para governar o Estado. Não podemos fazer tudo, mas faremos muito para mudar o Tocantins”, finalizou.

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