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Déficit do Tesouro deve ser de R$ 155,5 bilhões, diz pesquisa

Instituições financeiras consultadas pelo Ministério da Fazenda projetam déficit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) de R$ 155,5 bilhões para este ano. O número está acima do déficit de R$ 134,178 bilhões previsto anteriormente. A expectativa de déficit para 2017 também subiu para R$ 129,279 bilhões. A estimativa anterior estava em R$ 104,843 bilhões.

As previsões estão no relatório Prisma Fiscal, divulgado hoje (14) pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. O documento considera dados coletados em junho.

A projeção oficial do governo para as contas públicas em 2016 é de déficit de R$ 170,5 bilhões. Para 2017, está estimado um déficit de R$ 139 bilhões.

A meta fiscal para 2017, no entanto, depende da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento real das despesas a zero em relação a 2016. O governo conta ainda com R$ 55 bilhões em receitas extras com vendas de ativos, outorgas e ofertas públicas de ações. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não descarta a elevação de impostos.

Arrecadação

A projeção para a arrecadação federal este ano subiu de R$ 1,273 trilhão para R$ 1,275 trilhão. Para 2017, a estimativa caiu de R$ 1,374 trilhão para R$ 1,372 trilhão.

Para a receita líquida do Governo Central, a estimativa passou de R$ 1,086 trilhão para R$ 1,085 trilhão este ano. Para 2017, diminuiu de R$ 1,175 trilhão para R$ 1,174 trilhão. No caso das despesas, a expectativa do mercado aumentou de R$ 1,225 trilhão para R$ 1,228 trilhão. As instituições financeiras esperam gastos maiores do governo também em 2017. Elas elevaram a projeção de R$ 1,283 trilhão para R$ 1,301 trilhão.

A pesquisa apresenta, ainda, a projeção para a dívida bruta do Governo Central, que, na avaliação das instituições financeiras, ficará em 73,55% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Antes, a expectativa era de 74,35% do PIB. Para 2017, a projeção é que a dívida alcance 78,5% do PIB ante 79% no relatório anterior. O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país.

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