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Que atire a primeira pedra quem nunca foi tomar banho e deixou aquela música ou vídeo rolando no celular. Se você curte isso, pare imediatamente. Não é a sua cantoria no chuveiro que está estragando o aparelho, mas o vapor de água. Três assistências técnicas de smartphones em São Paulo confirmaram que recebem muitos —muitos mesmo— casos assim para reparo.
O principal dano ao aparelho é a oxidação dos componentes, causada pelo vapor, especialmente na tela e no carregamento. Segundo o professor Antônio Carlos Gianoto, do Centro Universitário da FEI, a umidade pode levar até a curtos-circuitos, porque há condutividade da água.
“O cliente nem sabe que há oxidação. Quando o atendente pergunta se o aparelho molhou, ele diz que não, porque acha que precisa cair na água, mas por dentro está tudo oxidado”, diz Edmílson Silva, sócio-fundador da Rede Multi Assistência.
O vapor d’água não é o único responsável por problemas de líquido no celular. As assistências contam que é muito comum o aparelho deixar de funcionar depois que mulheres colocam-no entre os seios, porque o suor da região também danifica os componentes.
Do mesmo jeito, é necessário protegê-lo contra o suor ao usá-lo junto ao corpo em academias ou corridas de rua.
Como resolver
As assistências técnicas fazem uma desoxidação com isopropanol. Isso serve para lavar os sais minerais que se formam e são condutivos, afirma Fernando Melo, da Futuro Smart. Arnaldo Marinho, responsável pela Conserta Smart, diz ainda que só 60% dos danos causados por umidade podem ser solucionados.
Atualmente, muitos celulares ganharam certificados IP67 e IP68, com certa resistência a poeira e água. Mas as assistências continuam a receber aparelhos quebrados por água, mesmo com a proteção.
“Não existe aparelho totalmente à prova d’água, é só mais resistente”, explica Melo. Por fim, Gianoto ressalta que você até pode levar eletrônicos para o banheiro, desde que não tenha vapor —ou seja, em caso de banho frio.
Fonte: Til