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Delegado conclui investigação e acusa adolescente por homicídio qualificado

O caso da adolescente de 17 anos suspeita de matar outra menor, de 14, em Taguatinga, sudeste do Tocantins, em janeiro deste ano, já foi encaminhado para o Ministério Público Estadual. A menina, que não teve o nome revelado, está sendo acusada de lesão corporal e homicídio qualificado por motivo fútil e traição.

As informações são do delegado de Polícia Civil Wanderson Queiroz. Ele contou que o boletim de ocorrência circunstanciado foi encaminhado ao MP nesta terça-feira (14).

O delegado disse ainda que no dia 9 de janeiro, a vítima Syllvana Crisóstomo brigou com uma amiga da suspeita. Ela não gostou, foi tirar satisfação e as duas tiveram um desentendimento. Syllvana estava com uma faca.

“No momento da briga, a autora não percebeu que tinha sido ferida na perna. Depois que viu o ferimento, tomou a faca e deu um golpe nas costas de Syllvana. Ela correu, mas a autora a alcançou e deu mais duas facadas. A vítima foi socorrida mas não resistiu”.

Menina de 14 anos foi esfaqueada e morreu em Taguatinga (Foto: Reprodução/Facebook)

Queiroz explicou que a autora está sendo acusada de lesão corporal porque ela feriu outra pessoa durante a briga. Disse também que o homicídio é qualificado por dois motivos. “O golpe dado foi pelas costas o que se caracteriza traição. Além disso, o ferimento que ela sofreu na perna foi desproporcional ao que ela fez, já que matou a menor com várias facadas, o que qualifica motivo fútil”.

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O G1 procurou a Defensoria Pública do Tocantins e aguarda um posicionamento sobre a defesa da adolescente.

Inquérito arquivado
No dia do crime, testemunhas afirmaram que a mãe da suspeita estava no local e teria participado do homicídio. “A informação era de que a mãe tinha segurado a adolescente e a filha tinha dado as facadas. Por causa disso, tivemos que instaurar um inquérito policial para apurar a participação da mulher”, contou o delegado.

Mas Queiroz disse que pediu o arquivamento do inquérito. Após ouvir quase 20 testemunhas, ele entendeu que a mãe não teve participação. “Ela estava no local, mas não participou do crime. Ela, inclusive, tentou apartar a briga”.

O inquérito com o pedido de arquivamento foi enviado para o juiz competente, que encaminhou para o Ministério Público Estadual. O órgão dará o parecer pelo arquivamento ou o oferecimento da denúncia contra a mulher.

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