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Delegados entram com medidas judiciais para se manterem na Operação Catarse; Sindicato acusa governo de desmonte

O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil encaminhou nota na qual acusa o governo de desmonte na Operação Catarse. Conforme o sindicato, dois delegados foram afastados da investigação.

Eles entraram com medidas judiciais para retornarem à investigação.

O governo, por sua vez, também encaminhou nota sobre o assunto onde diz que vai dar total suporte as investigações. Veja as suas notas abaixo:

Segue a nota do Sindepol:

O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Tocantins- Sindepol/TO lamenta e se preocupa com o afastamento dos Delegados, Wanderson Chaves de Queiroz e Gregory Almeida Alves do Monte, que atuavam na investigação de esquema de funcionários fantasmas na Secretaria- Geral de Governo e na Assembleia Legislativa do Estado.

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A ordem veio do Delegado-Geral de Polícia Civil no Tocantins, Rossílio de Souza Correia, por meio do memorando n° 27/2019 do gabinete do DGPC para que ambos fossem transferidos para a 1ª Delegacia de Polícia de Palmas. Ainda no documento, alegou que as DPs não envolvidas na operação estavam desprovidas de efetivos.

No intuito de compreender melhor essa situação, o Sindepol/TO ouviu os Delegados afastados e se reuniu na manhã desta terça-feira, 29, com a cúpula da SSP/TO para esclarecimento dos fatos.

No entanto, o Sindicato deixa claro que essa investigação é extremamente complexa e que muitos elementos já foram recolhidos envolvendo o mau uso do dinheiro público. O que não significa, claro, que essa investigação seja mais importante do que outras, no entanto, essa é de maior interesse da sociedade tocantinense, pois todo cidadão quer saber para onde está indo o dinheiro que ele paga em impostos que na maioria das vezes não retorna à sociedade em forma de políticas públicas.

Partindo desse pressuposto a investigação torna-se ainda mais importante. Outro ponto que devemos destacar é o fato de que para tornar o andamento célere, eficiente e eficaz é necessário a atuação de uma força tarefa, assim como observamos em outras operações, como por exemplo, a Operação Ápia que tem atuação de força tarefa da Policia Federal e da Procuradoria da República no Tocantins. A própria sociedade espera esse tipo de conduta das instituições de Estado e não o desmonte de investigações, como ocorre com a Operação Catarse por parte do Governo do Estado.

Nos preocupa o fato da ordem ter sido revogada, ainda mais por se tratar de uma investigação para apurar o desvio de dinheiro público no estado.

Deixamos claro, que tanto o Delegado Wanderson Chaves, quanto o Delegado Gregory Almeida já procuraram medidas judiciais para revogação dessa solicitação do Governo do Estado e nós do Sindepol/TO estamos acompanhando a situação com grande preocupação, pois a sociedade como um todo tem interesse na transparência do Governo, assim como na agilidade da Polícia Civil. Além disso, agradecemos a mídia por fazer o seu papel social de informar a população do que vem acontecendo em nosso estado.

 Mozart Felix

Veja a nota do governo sobre o caso:

A Delegacia-Geral da Polícia Civil do Estado do Tocantins informa que as investigações referentes a crimes contra a administração pública que tramitam perante à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas continuam sob presidência dos delegados naturais, ou seja, daqueles com competência legal para presidir os inquéritos, sendo eles os Drs. Jeter Aires e Cassiano Oyama, Titular e Adjunto da 1ª DPC, respectivamente.

No tocante à ordem de missão que foi revogada, ressalta que a mesma foi expedida para que delegados lotados em outras unidades prestassem auxílio temporário junto à 1ª DPC de Palmas. O auxílio foi prestado por 42 (quarenta dois) dias, sendo, então, determinado que os policias retornassem os seus locais de trabalho.

A Polícia Civil informa, por fim, que irá fornecer todo o suporte necessário às investigações, na medida em que for solicitado pelo Delegado Titular da 1ª DPC.

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