No dia 02 de julho acontece o depoimento de Mauro Carlesse (PSL) na CPI da Covid-19 do Senado Federal. A CPI da Covid foi iniciada pelo Senado Federal para apurar ações e omissões da União durante a pandemia.
O governador deverá esclarecer os fatos investigados pela Polícia Federal na operação Operação Personale, que apurou o suposto superfaturamento na compra de máscaras no início da pandemia de coronavírus. A Operação foi realizada em junho e dezembro do ano passado.
Na primeira fase, a PF investigou a compra de 12 mil máscaras de duas empresas. O custo somado chegou R$ 420 mil, sendo que o governo chegou a pagar R$ 35 por unidade, mesmo tendo processo de licitação para comprar itens idênticos por valores entre R$ 1,93 e R$ 3,64.
Já na segunda fase da investigação, em dezembro do ano passado, foi investigado um terceiro contrato para a compra e 88 mil máscaras do mesmo modelo. Neste caso, o valor unitário foi de R$ 29,35, totalizando R$ 2.582.800,00.
Na época, o governo afirmou que as compras sem licitação foram feitas devido ao “iminente necessidade das Unidades Hospitalares” e que em “razão do sobrepreço, a própria gestão realizou a denúncia aos órgãos competentes, que embasaram as investigações da PF”.
O cronograma de depoimento dos governadores convocados foi publicado pelo Senado Federal no Twitter nesta terça-feira (8).
No fim de maio, governadores de 17 estados e do DF, incluindo o Tocantins, acionam Supremo Tribunal Federal contra as convocações pela CPI da Covid.
Depois da convocação aprovada no Senado o governador chegou a divulgar um vídeo afirmando que o Tocantins “nunca enfrentou falta de material que pudesse atrapalhar a vida ou não atender a população”. O estado também contestou os valores que a União diz ter repassado ao estado.
Convocação
A CPI deve investigar supostos casos de corrupção nos estados envolvendo recursos para combate à pandemia.
Foram convocados os seguintes governadores:
- Wilson Lima, do Amazonas
- Ibaneis Rocha, do Distrito Federal
- Waldez Góes, do Amapá
- Helder Barbalho, do Pará
- Marcos Rocha, de Rondônia
- Antônio Denarium, de Roraima
- Carlos Moisés, de Santa Catarina
- Mauro Carlesse, de Tocantins
- Wellington Dias, do Piauí
*Com informações do G1 TO