Um estudo publicado no European Heart Journal, em que pesquisadores analisaram dados de seis estudos internacionais com 245 mil participantes de 80 países (com e sem doença cardiovascular prévia), descobriu seis alimentos essenciais em uma dieta regular que podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares.
Os cientistas usaram uma pontuação de dieta do estudo Prospective Urban and Rural Epidemiological (PURE), que está em andamento pelo Population Research Health Institute.
Na análise, os pesquisadores observaram que manter uma dieta repleta de frutas inteiras, vegetais, legumes, nozes, peixe e laticínios integrais ajudou a diminuir o risco de doenças cardiovasculares, o que inclui infarto, derrame, insuficiência cardíaca e arritmia.
O professor Andrew Mente, responsável pelo estudo, afirmou ao site Health que os maiores ganhos para evitar esses problemas prematuros e mortes podem vir da ingestão de alimentos saudáveis em um grau moderado, especialmente nas regiões mais pobres do mundo.
Segundo ele, a análise tinha escopo global, em vez de se concentrar, apenas, em países de alta renda ou ocidentais, como ocorreu em muitos estudos anteriores sobre dieta. Andrew também ressaltou que essas pesquisas podem não se aplicar a pessoas que vivem em países de baixa a média renda, nos quais a ingestão inadequada de certos alimentos pode causar problemas de saúde.
Outro diferencial é a centralização de uma ampla gama de alimentos naturais consumidos com moderação, em vez de uma dieta limitada a um pequeno número de alimentos.
Vale saber que as doenças cardiovasculares, ou seja, que afetam o coração e os vasos sanguíneos, são a principal causa de morte no mundo. Aproximadamente, 17,9 milhões de pessoas morrem a cada ano em razão da condição, conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Um terço desses casos ocorre de forma prematura, em indivíduos com menos de 70 anos.
Uma dieta pouco saudável, sem alimentos protetores, como vegetais e grãos integrais, é considerada o principal fator de risco para doenças desse porte.
Fonte: Metrópoles