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Desemprego: As propostas dos 13 candidatos à Presidência para gerar emprego e renda

Divulgação

O Brasil tem hoje 13 milhões de desempregados, de acordo com o levantamento mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado no final de julho.

Há, no entanto, um dado ainda mais alarmante: falta trabalho para 27,6 milhões de brasileiros, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) trimestral, divulgada na última quinta-feira (16) pelo IBGE.

O número se refere à chamada força de trabalho subutilizada, que inclui os desempregados, os subocupados (que trabalham menos de 40 horas por semana), os desalentados (que desistiram de procurar emprego) e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por razões diversas.

Se no debate da Band, no último dia 9, alguns candidatos evitaram dizer de forma objetiva como pretendem combater o desemprego no Brasil, no debate da RedeTV!, transmitido na sexta-feira (17), a geração de emprego e renda foi o tema mais discutido pelos presidenciáveis.

O estímulo à construção civil como fórmula capaz de gerar postos de trabalho rapidamente é um ponto defendido por diversos candidatos: Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Guilherme Boulos e Marina Silva têm levantado essa bandeira em debates e entrevistas. A proposta também foi incluída nos planos de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT, e de Eymael (DC).

Outra medida defendida por praticamente todos os candidatos é o estímulo ao empreendedorismo.

Reunimos aqui o que já foi dito pelos presidenciáveis sobre propostas de combate ao desemprego:

Alvaro Dias (Podemos)

“O combate à corrupção é essencial. A corrupção expulsou do Brasil investimentos extraordinários que poderiam gerar emprego, renda, receita pública e desenvolvimento.Alvaro Dias, em debate na RedeTV!

“Combatendo a corrupção nós trazemos de volta esses recursos, melhorando o ambiente doméstico com uma reforma tributária simplificadora”, continuou Dias. O senador também afirmou que pretende criar 10 milhões de empregos em 4 anos, a partir de um crescimento econômico de 5%, em média, por ano.

Cabo Daciolo (Patriota)

“Nós vamos investir com o dinheiro que existe na nação, vamos preparar os nossos jovens com educação, ciência, tecnologia e inovação e vamos encaminhar todos eles para o mercado de trabalho.”

“Um dos grandes vilões da nação são os banqueiros, que têm lucros exorbitantes. Nós vamos reduzir impostos e reduzir juros. A partir desse momento, você entra com investimento, porque dinheiro é o que mais tem no País. Não acreditem quando falam que tem crise financeira na nação brasileira”, defendeu o deputado Daciolo.

Ciro Gomes (PDT)

“Vou começar com as 7.507 obras públicas que estão paradas pelas mais diversas razões, todas burocráticas. É isso que emprega rapidamente pessoas com dificuldade de qualificação.”

“Eu tenho uma proposta de gerar, no primeiro ano de governo, enquanto a gente cuida das reformas estruturais, 2 milhões de empregos”, afirmou Ciro. O ex-governador também defende medidas para acabar com o endividamento das famílias e a “reindustrialização” do País. “O Brasil voltará, comigo, a ter uma política industrial de comércio exterior.”

Eymael (DC)

“Incentivar a construção civil, através de política tributária específica e políticas de desenvolvimento urbano e saneamento básico.” Extraído do plano de governo de Eymael.

O programa de governo do candidato do DC também propõe uma “política oficial de apoio ao empreendedorismo e incentivo para a criação e desenvolvimento de micro, pequenas e médias empresas” como forma de gerar emprego e desenvolvimento.

Geraldo Alckmin (PSDB)

 

 

“Precisamos de obra, infraestrutura, saneamento básico. O crescimento na construção civil cria uma barbaridade de empregos.”  Geraldo Alckmin, em sabatina na Unecs (União Nacional de Entidades de Comércio e Serviço), em agosto.

No debate da Band, Alckmin havia falado de forma vaga sobre suas propostas de combate ao desemprego, com foco no ajuste fiscal. “O Brasil precisa crescer. Para poder crescer, precisa ter investimento, e investimento é confiança. As nossas primeiras medidas serão pelo lado fiscal: sem aumentar impostos, reduzindo despesas para zerar o déficit em menos de 2 anos”, explicou o ex-governador.

Guilherme Boulos (PSol)

“Nós vamos retomar o investimento público com o programa Levanta Brasil, gerando emprego com investimento em infraestrutura, saúde, educação e moradia.” Guilherme Boulos, em debate na Band.

“Para isso, vai ter que mexer nos privilégios dos mais ricos. Vamos ter que fazer uma reforma tributária, porque hoje no Brasil quem tem menos paga mais, e quem tem mais, paga menos”, explicou o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Teto). No debate da RedeTV!, o candidato apresentou uma meta: “Nos primeiros 2 anos de governo, nós vamos gerar 6 milhões de empregos”.

Henrique Meirelles (MDB)

“Não se cria emprego no grito, se cria emprego com a política econômica correta. No momento em que assumirmos a Presidência, a confiança aumentará. O Brasil vai ter investimento, vai crescer e gerar emprego.

O ex-ministro da Fazenda de Michel Temer e ex-chefe do Banco Central de Lula se mostra otimista e aposta na sua “experiência” como fator determinante para reconquistar a confiança dos investidores. No debate da RedeTV!, a estratégia foi a mesma: “É preciso competência, seriedade e experiência para se criar empregos, administrando corretamente os órgãos públicos, como eu fiz.”

Jair Bolsonaro (PSL)

O Brasil precisa ser desburocratizado. A classe empresarial tem dito que o trabalhador vai ter que decidir, um dia, [entre] menos direitos e emprego ou todos os direitos e desemprego.Jair Bolsonaro, em debate na Band.

“Todos nós sabemos que o salário no Brasil é pouco para quem recebe e muito para quem paga”, afirmou o deputado, que se posiciona favoravelmente à reforma trabalhista.

João Amoêdo (Novo)

 

“Na medida em que é difícil a pessoa empreender, é difícil arrumar emprego. Então, o que a gente precisa fazer é melhorar a liberdade econômica do Brasil.” João Amoêdo, em entrevista concedida em julho.

“O Estado brasileiro cobra uma carga tributária muito elevada, compete com o capital que outros investidores poderiam utilizar para abrir seus negócios, criando um ambiente de negócio em que é muito difícil para as pessoas empreenderem”, explicou o executivo.

João Goulart Filho (PPL)

Com o Estado cumprindo a sua parte, a elevação do investimento público estimulará o investimento privado e o País poderá dobrar em 4 anos a taxa geral de investimento.Extraído do plano de governo de João Goulart Filho.

“As opções que estão na mesa são o crescimento acelerado ou a estagnação. Optando pelo primeiro, criaremos em 4 anos 20 milhões de empregos”, continua o texto.

Lula (PT)

 

“Nos primeiros meses de governo, Lula implantará o Plano Emergencial de Empregos (…) com investimentos públicos, retomada de obras paralisadas e estímulo ao crédito acessível para combater a inadimplência das famílias e empresas” Extraído do plano de governo de Lula.

O texto também fala em recuperar a capacidade da indústria em um “esforço de reindustrialização” e propõe “diversificar as matrizes produtivas e energéticas de forma sustentável” e incentivar o empreendedorismo.

Marina Silva (Rede)

Nós vamos investir na construção civil, que é o que gera emprego mais rápido, mas nós queremos também o emprego que é duradouro. O turismo é uma das formas de gerar emprego, inclusive para a nossa juventude” Marina Silva, em debate na RedeTV

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente também aposta na geração de energia “limpa, renovável e segura” para alavancar o desenvolvimento e gerar empregos. “O Brasil não pode desperdiçar suas grandes fontes de energia: eólica, solar, de biomassa. Vamos gerar milhões e milhões de empregos colocando tetos solares para que as casas sejam produtoras de energia”, prometeu.

Vera Lúcia (PSTU)

“Precisamos reduzir a jornada para 36 horas semanais, sem reduzir os salários, abrindo postos de trabalho à custa dos lucros das empresas.” Extraído do plano de governo de Vera Lúcia.

O texto também propõe “um plano de obras públicas sob o controle dos trabalhadores que gere empregos” e a estatização das 100 maiores empresas do País.

Fonte: Huffpost Brasil

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