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Detentos se casam dentro da CPP de Palmas

(Foto: Tamires Rodrigues)

Na manhã desta teça-feira, 27, três reeducandos casaram na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). A cerimônia foi realizada Escola Estadual Nova Geração, localizada dentro da própria unidade prisional, pelo pastor Clébio Bezerra, da Igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira. A iniciativa foi da Instituição Resgate Sem Fronteiras, viabilizada pela Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), através do Sistema Penitenciário (Sispen).

De acordo com o diretor da CPPP, Mariano Sinhá, formar lanços de família, mesmo estando privado de liberdade, é direito dos reeducandos e também uma forma de contribuir para que eles se reintegrem ao bom convívio social extramuros. “Trabalhar a reintegração dos reeducandos na sociedade é uma das nossas prerrogativas, pois o Sispen entende a importância da participação da família nesse processo”, explicou.

A missionária Valdenes Sousa, da Instituição Resgate Sem Fronteira, falou sobre a importância da parceria com a Seciju por meio da Diretoria de Políticas e Projetos de Educação do Sistema Prisional. “A parceria possibilita a realização religiosa com efeito civil. Os reeducandos e suas famílias nos procuram falando sobre o interesse em realizar a cerimônia. Para nós, que temos prestado auxilio jurídico, social e espiritual, hoje é um dia de grande alegria”, disse.

Os presos que casaram foram L.A.O com B.A.S; A.L.F.S com D.E.A.L; e F.C.S.J com M.E.B.S. Durante a cerimônia, o pastor chamou as famílias para se unirem aos noivos antes da troca das alianças e falou sobre a importância da família e das características reveladas no amor.

O responsável pela Gestão das Políticas de Assistência Religiosa, Social e Material da Seciju, Leandro Bezerra, declarou que há várias solicitações de casamento nas unidades penais e muitas já foram realizadas por meio da Instituição Resgate Sem Fronteiras. “Esse tipo de parceria tem contribuído muito para o processo de cumprimento da pena. É necessária essa sintonia com todos os que estão envolvidos com a execução penal, agentes, equipe técnica e professores, pois desta maneira o trabalho ganha força e acontece de forma exitosa”, conta.

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