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Dia histórico: Há dois anos criação da UFNT foi sancionada: Os planos e perspectivas da tão sonhada universidade

Foto – Divulgação

Reportagem Especial Gazeta do Cerrado

Brener Nunes/ Lucas Eurilio

Na quinta-feira, 8 de julho de 2019 foi publicada no Diário Oficial da União a Lei 13.856, de 2019, que cria a Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), com sede no município de Araguaína (TO), por desmembramento do campus da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Pela nova lei, os cursos, alunos e cargos dos campi da UFT de Araguaína e Tocantinópolis são transferidos para a nova universidade. Serão criados, ainda, os campi de Xambioá e Guaraí. A UFNT terá por objetivo ministrar ensino superior, desenvolver pesquisa nas diversas áreas do conhecimento e promover a extensão universitária, caracterizando sua inserção regional.

A Gazeta conversou com reitor da UFT, Luis Eduardo Bovolato conta que a instituição, foi uma aspiração para desenvolver uma universidade na região norte que pudesse atender a população local. “Queríamos uma universidade mais atenta as características e especificidades dessa região. Foi com esse espírito que a UFNT foi criada. Uma instituição feita para complementar o que a UFT já vinha fazendo. Uma instituição suporte em apoio ao desenvolvimento local. Completamos aí dois anos. E desde o começo, a UFT mostrou interesse em ser a universidade tutora, então, nós estamos acompanhando a implantação dessa universidade. E criamos um grupo de trabalho, uma comissão de implantação que é chefiada pela vice-reitora, professora Ana Lúcia de Medeiros”, afirmou o reitor.

Bovolato também esclareceu sobre o processo de implantação da instituição. “Avançamos bastante, já temos o estatuto aprovado. A UFNT já tem orçamento próprio e nós estamos trabalhando na elaboração do regimento. Então, este regimento sendo aprovado aí está universidade tem condições de chamar uma eleição para reitoria, para a primeira reitoria definitiva. Neste intervalo, após a lei ser sancionado, tivemos a nomeação do professor Airton Sieben como reitor pró tempore e estamos trabalhando na migração dos sistemas federais para que a UFNT possa a partir do próximo ano já caminhar com suas próprias pernas. Hoje ainda, a gestão acadêmica, financeira é feita aqui pela UFT, mas a expectativa é que possamos delegar todo esse trabalho para própria UFNT”, destacou.

Em conversa com o reitor pró tempore da UFNT, Airton Sieben, ele afirmou que é uma satisfação estar completarmos dois anos.

Reitor pró tempore da UFNT, Airton Sieben – Foto – Divulgação

“Pra nós é uma grata satisfação completarmos dois anos, embora a luta seja mais antiga, porque já começou em 2015, 2016, com as primeiras reuniões aqui. Lembrando que a UFNT é uma Universidade de base, excursões entre os Campus de Araguaína e Tocantinópolis, entre professores, técnicos administrativos, estudantes aí junto com a comunidade em geral. Também temos que ressaltar que a UFNT já é uma estrutura mulpicampi que tem os Campus de Araguaína e Tocantinópolis que são desmembrados da UFT e que também futuramente, nós teremos aí Guaraí e Xambioá. Então nós estamos muito felizes por esses dois anos e estamos avançando pela implantação e também temos que reconhecer que nós temos um amparo muito grande da nossa universidade tutora, nossa universidade mãe que é a UFT , juntamente com o Ministro da Educação e a Bancada Federal do Tocantins, ao qual nós sempre solicitamos e precisamos de apoio para implementar definitivamente a UFNT”.

Airton Sieben disse ainda que muito foi conquistado desde a criação da UFNT e que falta pouco para que a universidade seja definitivamente implementada. Ele explicou o que falta.

“O que precisamos para implantar definitivamente a UFNT? CNPJ que nós já temos, orçamento que nós também já temos, estatuto. Precisamos da liberação dos cargos e gratificações e fazer toda a migração do sistema acadêmico, migração do sistema educacional, sistema administrativo para a universidade, bem como as equipes técnicas para isso treinadas e capacitadas. Então, esperamos que talvez ano que vem nós consigamos um concurso pra poder efetivar em torno de 170, 160 vagas para compor toda a parte administrativa da Universidade. Depois da migração dos sistemas, a eleição do primeiro reitor eleito e aí, nós teremos implantado definitiva a Universidade Federal do Norte do Tocantins e com total autonomia e independência para fazer tanto a gestão como a execução dos cursos”.

Por fim Airton fez um balanço dos avanços nesses dois anos. “A UNFT está completando dois anos e eu estou um ano como reitor pró tempore também. Tive posse no dia 2 de julho de 2020 e a UNFT foi criada no dia 8 de julho de 2019. Então nós estamos completando dois anos de criação e já avançamos bastante neste tempo. Faz cerca de um ano que a gente começou a fase de transição da Universidade Federal do Norte do Tocantins e nós já temos o CNPJ, já temos os estatuto, já temos orçamento, já estamos fazendo gestão e a execução está sendo feita UFT, nossa universidade tutora e no momento, nos estamos trabalhando grupos de trabalho para avançar pela implantação da Universidade e estamos aí em negociação, em diálogo com o Ministério da Educação e vamos avançar no diálogo com o Ministério da Economia, para a liberação dos cargos comissionados para nós começarmos e avançarmos na fase de implantação da parte administrativa da UFNT, que hoje só conta com o reitor pró tempore e esperamos ainda que este ano nós consigamos dar provimento aos demais cargos da administração. Pró-reitoria, diretorias, e órgãos de suporte suplementares e tudo mais. Também estamos trabalhando, esperamos que até o final do ano esteja pronto o regimento da UFNT. Acredito que até o final tenhamos uma estrutura, um organograma administrativo da nova Universidade pronto”.

De iniciativa da Presidência da República, a nova lei teve origem no Projeto de Lei (PL) 5.274/2016. No Senado, a proposta recebeu o número PL 2.479/2019 e passou pelas Comissões de Educação, Cultura e Esporte (CE), e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Foi aprovada em Plenário no último dia 12 de junho.
A sanção foi uma luta da bancada através da atuação forte do senador e líder no Congresso, Eduardo Gomes junto ao presidente Jair Bolsonaro e da deputada Professora Dorinha durante todo o processo.

O projeto de criação da nova universidade foi encaminhado pelo próprio governo federal e tramitava há três anos. A ideia é dar mais autonomia para a gestão de recursos da universidade e atrair estudantes da região norte do estado.

A lei que criou a UFNT também abriu 316 novos cargos de direção, de funções gratificadas e de funções comissionadas, além de 175 cargos efetivos para a universidade.

Gomes repercute

Senador Eduardo Gomes – Foto – Divulgação

O senador Eduardo Gomes lembrou a data. “seguimos trabalhando e estruturando a mais nova universidade do Tocantins – a UFNT. Parabéns a todos e a todas que participam desse processo de transição por acreditar na Educação”, afirmou o senador que foi fiel da balança para a sanção.

A deputada federal Professora Dorinha também parabenizou a instituição em suas redes sociais. “Neste 8 de julho, a UFNT completa dois anos de criação! Sinto-me honrada e feliz por saber que muito pude contribuir para esse processo, isso porque fui autora da emenda que criou os campus de Guaraí e Xambioá. A universidade irá contribuir significativamente para maior democratização da Educação Superior. Um grande e importante passo. Parabéns, UFNT!”, disse.

Deputada Federal Professora Dorinha – DIculgação

 

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