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Dia mundial do riso: Quais regiões do cérebro o riso envolve e qual a sua importância

Projeto Risoterapia HGP - Foto: Nielcem Fernandes

Projeto Risoterapia HGP – Foto: Nielcem Fernandes
 
Sorrir além de tornar o mundo mais atrativo e alegre também faz bem para a saúde. O neurocientista Dr.Fabiano de Abreu revela-nos, no dia do sorriso, pormenores científicos que nos são desconhecidos.
 
“Não  devemos nunca esquecer que a potência do riso interfere na potência dos sentidos”, inicia Abreu, “contudo também nosso cérebro sofre alterações quando rimos.”
 
O neurocientista demonstra quais as partes afetadas e suas funções.
 
“De uma forma muito geral há três regiões que temos que referir. Primeiramente o lobo temporal , região associada à linguagem e que interpreta o que foi dito ou visto. Temos também a região límbica, responsável pelas emoções, sejam negativas ou positivas. É esta região que dispara o sinal para o córtex motor que trabalha em conjunto com a região límbica. Só no final damos aquela risada sem nos apercebemos de todo o trabalho cerebral que está por detrás.”, explica.
 
Mas então de que forma o rir ou sorrir é bom para a nossa saúde?
 
“Quando a emoção é muito intensa, podemos chorar de tanto rir aumentando o número de imunoglobulinas e, por conseguinte, aumentando as defesas do organismo. No que diz respeito aos neurotransmissores, liberamos mais serotonina, endorfina, dopamina, ou seja, os mesmos que liberamos no exercício físico que traz a sensação de bem estar e felicidade, ou seja, é quase uma ginástica. “, refere Abreu.
 
Mas os benefícios não se esgotam por aqui e mesmo a nível físico podemos notar mudanças.
 
Como nos explica Fabiano de Abreu, “Quando sorrimos, a tensão muscular reduz-se e temos então uma sensação de relaxamento, como um calmante. Isso acontece porque o cérebro produz betaendorfinas que é um analgésico natural que ajuda no relaxamento, um neurotransmissor que diminui a sensação de dor e facilita as sensações de relaxamento e bem-estar. “
 
A lista de vantagens ainda não acabou. O ato de rir pode ajudar ainda ao nível imunológico, digestivo ou cardíaco.
 
“A Betaendorfina também pode estimular o sistema imunológico, reduzindo no nível do cortisol, um hormônio relacionado ao estresse que é produzido pelas glândulas suprarrenais. Sabia que até a digestão melhora com o riso? Quando trabalhamos os músculos abdominais com as risadas, esse movimento funciona como uma massagem para o sistema gastrointestinal. O aumento do ritmo cardíaco na gargalhada aumenta o fluxo sanguíneo contribuindo numa maior oxigenação dos tecidos. Aumenta a entrada de oxigênio no pulmão, acentuando a ventilação pulmonar eliminando o excesso de dióxido de carbono e de vapores residuais. Como respirar fundo.”, conclui Abreu.
 

O neurocientista e neuropsicólogo Fabiano de Abreu detalha as funções do riso no cérebro e na saúde – Foto: Divulgação

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