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Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial: “sociedade precisa se unir contra este mal”, diz jornalista

(Foto: Marco Aurélio Jacob/RAKA/GZT)

Equipe Gazeta do Cerrado

Nesta terça-feira, 3, é celebrado o Dia de Combate à Discriminação Racial em todo o país. Em Palmas foi realizado um debate na Rádio 96 Fm sobre o assunto. Participaram a Jornalista e Especialista em Comunicação Étnico-racial, Maria José Cotrim e o presidente do Conselho Municipal de Igualdade Racial de Palmas e vice-presidente da Federação das Casas de Culto do Tocantins, conhecido como pai Gil.

Os dois relataram a necessidade de políticas públicas de reparação social no Estado. “ Um Estado com mais de 70% da população negra e que aí da tem tantos gargalos e tantos episódios lamentáveis de racismo. Falta também uma delegacia especializada de combate ao racismo para que as pessoas possa de fato denunciar e não ficarem refens ou confundirem com injúria racial. Racismo é crime e infelizmente está enraizado de maneira sistêmica na base da sociedade refletindo na falta de representatividade nos espaços e na vulnerabilidade da população negra”, disse a jornalista Maria José , que é editora geral da Gazeta do Cerrado.

Pai Gil chamou atenção ainda para episódios de intolerância religiosa. ” Eu mesmo já fui alvo de vários e lamento a falta de conhecimento e de respeito”, disse.

(Foto: Marco Aurélio Jacob/RAKA/GZT)

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Os âncoras Marcilei e Tina Santos perguntaram ainda sobre o papel da educação na conscientização contra o preconceito e da herança cultural. ” Ainda é desafiador combater o racismo. Não pode ser apenas um exercício individual de respeito mas principalmente um comportamento social generalizado. Os jovens que mais morrem são os negros, as mulheres mais violentadas ainda são negras, o acesso ao mercado de trabalho e às universidades ainda é limitado…. então estamos falando de dados que são um verdadeiro tapa na cara da sociedade. Precisamos juntos, de mãos dadas mudarmos este quadro”, disse Cotrim.

No final, ambos deixaram a mensagem de valorização cultural e de respeito às diferenças bem como a necessidade de políticas de inclusão. ” Que a nossa pele preta não seja mais um determinante exclusivo e negativo. A sociedade precisa entender isso”, concluiu a jornalista.

Racismo é crime: denuncie!

(Foto: Marco Aurélio Jacob/RAKA/GZT)

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