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EDITORIAL GAZETA: 7 de abril: a quem interessa enfraquecer o jornalismo?

Maju Cotrim- Editora Chefe Gazeta do Cerrado

Mais um 7 de abril, data em que nas redes sociais muitos políticos e instituições estão com os famosos “bannerzinhos” parabenizando jornalistas por este dia! Uma data ainda resumida a algumas homenagens enquanto nos outros dias o cenário de atuação jornalística vai infelizmente de mal a pior!

Os profissionais da imprensa continuam sendo alvo de atos violentos e perseguições país afora e o papel do jornalismo profissional, principalmente no Tocantins, continua sendo invisibilizado e no atual cenário parece haver até uma tentativa de enfraquecer o setor.

O jornalismo profissional no Tocantins não é enxergado pelas instituições ainda como merece e pela importância que tem para os cidadãos que estão lá na ponta e dependem de serviços públicos sendo assim os mais afetados por deficiências nas políticas públicas.

Comercialmente para os veículos parece haver uma tentativa proposital de enfraquecimento do trabalho das redações! E quem ganha com isso? Enfraquecer redações é impedir a atuação do jornalismo investigativo! Veículos não são meros reprodutores de conteúdos!

Aqui na Gazeta nos readequamos desde o ano passado, cortamos equipe diante do cenário econômico de desvalorização mas jamais perdemos nossa essência de ser voz da população que ainda carece em vários lugares do Estado de diversos tipos de políticas. O Tocantins com todas as suas desigualdades precisa muito do jornalismo profissional!

Algumas Instituições tocantinenses preferem lavar as mãos sobre o fomento do trabalho dos veículos, ignorando as audiências e preferindo investir pesado em autopromoção ou destinando apenas “migalhas “ para orçamentos de comunicação!

Outro aspecto: a independência do jornalismo principalmente num Estado com aspecto político tão forte! Criticidade jornalística e questionamentos ainda não são vistos com maturidade e com isso por vezes lá vem “ameaças veladas”. É preciso maturidade para lidar com a atuação jornalística!

A quem interessa calar o jornalismo que vai onde as carências estão? O que investiga suspeitas de irregularidades e desvios? O que cumpre o papel social de apurar e informar com credibilidade como fazemos aqui na Gazeta…

Neste dia 7 enquanto veículo nos solidarizamos com a situação precária que passa o jornalismo no país e a vivida por vários jornalistas nas redações! Aqui, temos orgulho de termos como propósito servir ao povo tocantinense levando notícias apuradas e de interesse público! Cobrindo não para ser contra A ou B mas levando os fatos como tem que ser! Chegamos aos nossos 7 anos como veículo com o compromisso cada dia maior de preservar os princípios jornalísticos éticos na essência!

Não importa a pressa, a agonia por soltar primeiro e sim a certeza da veracidade dos fatos! Através dos conteúdos especiais ampliamos os assuntos e mostramos nuances de áreas importantes para a vida dos tocantinenses e brasileiros!

Neste dia 7 parabenizamos nossos jornalistas da equipe Lucas Eurilio, Brener Nunes, ambos com orgulho formados pela UFT, o diretor Marco Jacob, editor de conteúdo das áreas de Meio Ambiente, Cultura e Turismo e todos que resistem na linha de frente da trincheira do jornalismo que é vanguarda da sociedade!

Agora vem aí uma demanda urgente pela volta da obrigatoriedade do diploma e da formação na área: a Gazeta abraça essa luta em meio a um cenário perigoso de tantas fakenews e da necessidade de formação e preparo para exercício da profissão!

Que o Tocantins através de suas instituições acorde para o entendimento do novo tempo do jornalismo e que respeito e valorização sejam garantidos todos os dias em todas as esferas em que atuamos! Que o trabalho de quem atua nos princípios do jornalismo seja valorizado como merece!

Que no próximo dia 7 de abril possamos estar com mais motivos para comemorar!

Gazeta do Cerrado: Antes de ser notícia, tem que ser verdade!

O jornalismo me deu os maiores aprendizados de vida…
Mas também momentos de altos e baixos…
Me deu muitas olheiras e até algumas crises de ansiedade por querer fazer sempre mais e melhor…
Mas me deu um conhecimento rico sobre pessoas e simplicidade
Me ensinou estar perto de vários tipos de pessoas mas amar estar junto dos personagens sociais deste Estado
Me fez superar alguns medos como o de altura e de andar de avião por exemplo (1ª vez que andei foi para uma reportagem)
Me deu para alguns fama de “brava” e “brigona” porque por vezes precisei batalhar para garantir minha voz…
Me deu muitas homenagens e sou grata a todas elas de coração…
Me rendeu um livro com as histórias das guerreiras quilombolas
Por vezes me fez ser motorista, produtora e minha própria maquiadora e virar noites fechando material
Me fez conhecer lugares paradisíacos mas me revoltou ao ir em outros com contraste social latente
Mas me deu famílias inteiras de coração por este Estado, pessoas que considero como familiares de verdade…
Me coloca diante de situações sobre as quais não posso me calar e assim uso tudo que aprendi para denunciar
Me tirou alguns momentos familiares em dias que tive que trabalhar e pegar estrada…
Mas me ensinou o que é ser empreendedora e aliar o produto ao negócio

Hoje neste dia dos jornalistas quero agradecer cada leitor e pessoas que contribuem com meu trabalho! As que o dificultaram ou ainda fazem isso por vezes no dia a dia lamento e continuo sendo resistência!

Jornalismo pra mim sempre será sobre doação e compromisso com o social! Nos agridem ás vezes, tentam “precarizar” nossa profissão mas nos momentos mais importantes da história lá está o jornalismo profissional provando sua força e necessidade!

O jornalismo me fez a mulher forte, consciente e resistente que me tornei! E ele tem papel indispensável para o acesso ás informações sérias e apuradas!

Pedimos neste e em todos os dias respeito e valorização!

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