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EDITORIAL GAZETA: Cínthia e Wanderlei, as vidas tocantinenses acima de qualquer politização e as lições da crise!

Maju Cotrim

20 de maio. Aniversário de Palmas. Evento com a população na feira do bosque, momento festivo de aniversário e a notificação no WhatsApp mostra convite para coletiva no HGP em 15 minutos. Corri pra lá quando já tinha terminado a visita aos leitos. Quase meio dia, hospital lotado já na entrada.

O governador Wanderlei Barbosa estava visivelmente preocupado. Ao lado da equipe técnica falou de dados, fez um convite para reunião em até 24h com a prefeitura, se

Propôs pagar aluguel de uma estrutura para um hospital provisório na capital e repetiu mais de seis vezes na coletiva: “não adianta empurrar o problema, sei da minha responsabilidade e não vou fugir dela”. Lá estava a senadora Dorinha, coordenadora da bancada federal, que deixou claro a disposição por destinação de recursos para construção do hospital municipal.

A prefeita Cínthia Ribeiro Mantoan em meio

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á programação do aniversário falou logo mais á noite sobre o assunto também preocupada e também mostrando dados dos atendimentos nas UPAs e falando sobre a responsabilidade da regulação. Já eram duas semanas de agendamento público sobre o assunto desde que infelizmente houve mais mortes por falta da transferência.

Nos bastidores políticos logo começaram as especulações e até “torcidas” por um rompimento político entre Cínthia e Wanderlei. Lembrando que por anos em várias gestões esse era o clima o que impediu que muitas pautas avançassem na capital talvez uma delas o próprio hospital municipal.

A maturidade política e o senso de interesse público falaram mais alto e enfim Estado e prefeitura deram as mãos por soluções de curto, médio e longo prazo. E isso não é sobre política: é sobre responsabilidades com vidas! Wanderlei como governador acenou para isso várias vezes e partiu pra prática. Infelizmente se fosse em outros tempos isso não aconteceria…

O governo doou o terreno para construção do novo hospital, a prefeita disse que o projeto está pronto, a estrutura do Padre Luso será usada para pequenas cirurgias numa cooperação e o IOP também entrará em cena para atender os encaminhamentos das UPAs na área de ortopedia.

Paralelo a isso deve acontecer uma força tarefa política em busca de recursos para construção de fato do tão esperado hospital na capital, uma demanda de anos.

A crise deixou claro que não existe um ente só culpado pela estrutura da saúde, é algo complexo com contextos variantes mas com algo fixo: a responsabilidade do sistema de saúde em prezar pelas vidas e ter condições de atende las e evitar mortes! E se neste processo um dos entes falha infelizmente quem sofre é a população. E mostrou ainda que quando há atitude para enfrentar o debate de frente e buscar soluções: isso é possível! A quem interessa em meio a uma crise por evitar mortes na saúde um rompimento entre Estado e capital?

Não sabemos se Wanderlei e Cínthia e seus grupos políticos vão convergir politicamente para as eleições do próximo ano mas está claro que esta não deve ser tratada como a agenda do momento e que a saúde exige sentimento mútuo de seriedade.

Que a população que precisa do sistema de saúde colha os frutos desse alinhamento institucional e das soluções advindas dele. Que as mortes sejam investigadas e evitadas! Que a saúde seja tratada com a seriedade e importância que merece todos os dias!

Wanderlei embarcou para viagem internacional com certeza mais tranquilo por ter encaminhado as soluções junto com a prefeita o que mostra que Estado e prefeitura estão mesmo empenhados em resolverem o problema. Nem tudo é sobre política: a vida das pessoas importam e devem estar sempre acima de qualquer agenda! Que de fato cada um cumpra sua parte!

Quem chega em Palmas ou mora aqui e está desesperado por um atendimento ou leito num hospital não quer saber de discussões, brigas ou xingamentos: quer a garantia do seu direito á saúde de qualidade!

Continuaremos acompanhando o assunto e trazendo os novos desdobramentos.

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