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EDITORIAL GAZETA: Sobre lições políticas e a “mega politização” que não pode deixar o Tocantins social em 2º plano

 

Maju Cotrim

 

Fim do segundo turno em Palmas. Eleições 100% concluídas. Só que não! Menos de um dia após a vitória de Eduardo Siqueira Campos, já começaram as cogitações se vão ter um grupo de oposição, se isso ou aquilo, quem vai disputar governo, quem vai disputar Senado? Quem vai ficar brigado com quem?

 

O Tocantins com porcentagem preocupante de famílias ainda na extrema pobreza, com índices que vem melhorando, mas ainda desafiadores e com tanta gente nas bases batalhando por uma vida melhor não pode viver à mercê só de contextos políticos de quem vai ou não brigar com quem… ou das antecipações e especulações.

 

É responsabilidade de todos os mandatários honrarem seus diplomas dados pelo povo, trabalhando com projetos, leis, políticas, ações, articulações e busca de investimentos para o Estado e municípios. O Tocantins tem causas sociais latentes que, através da soma de esforços institucionais, podem melhorar a vida de quem precisa!

 

A “necessidade” de politização da bolha política não pode se sobrepor às necessidades de saúde, de obras importantes, da assistência social, da atenção às comunidades e tantas outras áreas!

 

Aos eleitos, todos eles, cabe responsabilidade e espírito público, mesmo que com mágoas ainda tão recentes. Aos políticos cabe respeito até nas divergências e cabe ainda a obrigação de não só fazer política de articulações pré ou pós-eleitorais, mas das causas, pautas e assuntos de interesse público.

 

Para quem perdeu fica o aprendizado e para quem ganhou a vitória, mas também a necessidade de reflexão! Toda derrota ou vitória tem suas lições e que cada um pegue as suas e as transformem em evolução! O Estado precisa agora, em todas as instituições, retomar as agendas de resolutividade e de encaminhamentos práticos para tantos desafios!

 

2026 vai vir com certeza, e os cenários vão se desenrolar. Perdas e ganhos partidários, reorganizações de grupos, pretensões e novas estratégias: tudo isso é natural, mas não podem centralizar os resultados políticos que precisam ser maiores que essas variáveis!

 

As eleições deste ano ensinaram a todos e as reações ao resultado dela vão continuar mostrando as diferentes formas de fazer política. É hora de todos e todas que irão iniciar ou continuar mandatos em 2025, foquem nisso! É preciso planejar o futuro das cidades e os rumos de quem vive nela! Os compromissos feitos tanto por quem vai continuar como para quem vai entrar são muitos! Bastidores, declarações inflamadas, tentativas de desqualificar politicamente alguns líderes pelo pós-eleições não podem se sobrepor às grandes pautas de soluções que o Tocantins e os municípios precisam!

 

Que o Tocantins entre no modo agenda positiva, social, econômica e institucional e que todos os que precisam contribuir para isso desçam dos eventuais palanques que possam ainda estar montados por aí e voltem para as bases. Quais causas e lutas têm todos os mandatários tocantinenses? O que estão fazendo para melhorar a vida do povo? Precisa ser sobre isso!

 

A política e os políticos não podem ser o “centro”, 100% da pauta tocantinense! São, sim, ativos protagonistas na evolução e busca de melhorias, mas precisam se conectar com as causas e pessoas.

 

Nós aqui da Gazeta, após uma exaustiva cobertura jornalística de campanhas, já estamos aqui nas bases preparando novidades e pautando a população.

 

A luta pelo povo tocantinense precisa continuar por todos os que receberam dele o aval para isso!

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