Líder no Congresso e senador Eduardo Gomes – Foto: Divulgação
A possibilidade de uma guinada autoritária no país, especulada a partir de manifestações recentes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à condução das Forças Armadas, tem sido observada pelo Congresso Nacional com pouca ou nenhuma convicção.
Parlamentares ouvidos pela reportagem do UOL afirmam descartar qualquer hipótese de que o cenário atual, de recrudescimento do discurso de Bolsonaro e da intervenção do governo no meio militar, seja convertido em uma tentativa de golpe de Estado, como os que ocorreram em 1964 e 1937.
O líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), foi um dos ouvidos e afirmou que o Parlamento cumpre seu papel ao manter um debate franco sobre o fortalecimento da democracia. “Confio muito que a democracia continua firme”, disse. O Congresso é uma Casa de debates alicerçada na democracia representada por várias correntes, vários estados, vários princípios. A gente tem um Poder Judiciário forte e um presidente da República que é, na história do Brasil, o com maior experiência de Parlamento: 28 anos” Eduardo Gomes, senador pelo MDB e líder do governo no Congresso.
Gomes diz não ver qualquer ameaça nas mudanças no Ministério da Defesa e nas Forças Armadas. Ele lembra que já houve questionamentos quanto ao perfil de titulares da Defesa em governos anteriores, como a participação de civis e políticos de correntes mais socialistas, sem nunca ter havido problemas graves.