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Eduardo Siqueira explica complicações de saúde e não descarta mesmo sair da política: “sinto um profundo desgosto”

Foto Divulgação/Assessoria

Maju Cotrim
O deputado estadual Eduardo Siqueira Campos concedeu uma entrevista exclusiva á Gazeta do Cerrado nesta quarta-feira, 10, na qual dá detalhes de seu quadro de saúde e não descarta sair mesmo da Política em razão das limitações de seu quadro.
Ele foi ao médico nesta quarta e aguarda mais exames porém a licença do parlamento já é tida como certa. Ele falou ainda á população do Estado: “vou tomar a decisão que mais beneficie o Estado e àqueles que gostam e confiam no meu exercício do mandato. Não gosto de fazer nada pela metade. O momento é de profunda reflexão e na hora certa tomarei a decisão. Peço a compreensão de todos, agradeço aos milhares que me enviam mensagens, apoio e orações. Jamais deixarei de atuar, seja onde for, pelo  bem do Tocantins”, disse. Eduardo é ex-senador e ex-prefeito de Palmas.
O parlamentar já tirou algumas licenças médicas e seu quadro inspira cuidados e algumas limitações.
-Confira a íntegra da entrevista exclusiva dele á Gazeta:
GAZETA- Deputado, qual é realmente seu estado de saúde?    
  DEPUTADO EDUARDO SIQUEIRA: Cara Maria José, não respondi a sua matéria e nem a outros veículos, até porque eu não poderia negar, desmentir ou mesmo responder exatamente em um dia que não passei muito bem ( ontem). De fato estou enfrentando um conjunto de problemas que vão exigir algumas mudanças na minha vida.  Tenho que solucionar o problema da calcificação de um ligamento na cabeça, portanto delicado . Tentei fugir da cirurgia, mas já não posso mais tentar resolver a base de medicamentos. Diante de um quadro assim, não posso negligenciar a saúde.
O senhor já definiu sobre a licença médica ou prioridade total para seu quadro de saúde?
Acho que todos que acompanharam minha passagem pela prefeitura, câmara dos deputados, Senado, secretário de estado e agora na assembleia, sabem que não sou de me omitir.              Não gosto de fazer nada pela metade. Um mandato exige muita dedicação, luta, visita e apoio as bases, emendas de qualidade,  atendimento no gabinete e boa presença no plenário.  Hoje tenho consciência de que não estou em condições para tanto.
Como avalia seu trabalho na Assembleia atualmente?
Das emendas ao orçamento, emendas parlamentares, participação no plenário, eu diária que é o que mais gosto de fazer, faço com determinação e gosto de deixar a minha contribuição. Gostaria de atualizar nossa constituição, mudar nosso regimento, contribuir com um parlamento altivo e autônomo. Hoje vejo a Assembleia debater os problemas e caminhar de uma maior sintonia com a população. Mas no momento, creio que eu contribua mais não desfalcando a casa com seguidas licenças médicas. Isso me deixa com um sentimento de frustração.
– Quais as limitações que a doença te impõe?
A possibilidade de voltar a passar mal dentro do plenário é um fantasma que me assombra. Amo subir na tribuna, debater, emendar as matérias que chegam na casa, porém isso não tem sido possível .
– O senhor divulgou um áudio na semana passada dizendo que poderia sair da Política de vez…isso de fato é possível?    
     É uma possibilidade. Sinto profundo desgosto com o quadro atual. O Tocantins já viveu momentos históricos, construção de grandes obras, implantação de universidades, programas sociais que atingiam os 139 municípios. A situação de hoje incomoda quem ama esse estado. O quadro exige mudanças radicais para restabelecer o governo como parceiro das transformações, mas jamais como um peso para a sociedade.
– Como avalia o governo Carlesse atualmente?
Estamos com 100 dias, deixo para a imprensa e os demais entes da sociedade civil essa avaliação. O próprio governo fez seu balanço, prefiro guardar minhas opiniões para mais adiante, mas no plenário busquei emendar MP, decretos e dar a minha contribuição. Se eu tivesse que deixar apenas  um sugestão, diria que está na hora  buscar na experiência de quem tem, uma alternativa para acertamos mais e  errarmos menos.
– O que diria à população do Tocantins neste momento?
Aos 60 anos de idade e com os problemas que venho enfrentando, vou tomar a decisão que mais beneficie o Estado e àqueles que gostam e confiam no meu exercício do mandato. Não gosto de fazer nada pela metade. O momento é de profunda reflexão e na hora certa tomarei a decisão. Peço a compreensão de todos, agradeço aos milhares que me enviam mensagens, apoio e orações. Jamais deixarei de atuar, seja onde for, pelo  bem do Tocantins.
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