Maju Cotrim
Há uma pandemia no meio da eleição. No meio da eleição há uma pandemia. E assim estão os ânimos políticos para o pleito deste ano que ainda não tem data.
Mesmo com as indefinições, os partidos avançam nos bastidores e já começam a de articular para definir as candidaturas. Na capital, uma ampla frente de oposição se formou com várias vertentes.
Nós conversamos nesta terça-feira, 16, com a deputada federal que tem expressivo capital político em Palmas, Dulce Miranda. No MDB, Dulce revelou como enxerga o pleito neste momento.
O MDB tem como pre-candidato o ex-prefeito da capital, Raul Filho. “Estaremos trabalhando com todos os esforços para provar à justiça que o Raul não está impedido de concorrer à prefeitura de Palmas“, disse.
Veja a íntegra da entrevista da Gazeta com a deputada:
1- Deputada, como você vê o cenário das eleições este ano em meio à pandemia?
Olha, Maju, estamos todos focados e buscando alternativas para minimizar os impactos econômicos e sanitários que a COVID-19 causou e tem causado na vida de todos nós. Somos o segundo País que mais tem sofrido com o problema desse vírus. Sinceramente, não tenho pensado tanto em eleição, porque a prioridade agora é cuidar da vida das pessoas.
2- Deputada, o MDB tem Raul Filho como filiado, a senhora como única deputada federal da legenda e com capital político expressivo na capital considera viável a candidatura dele mesmo com as dúvidas sobre a elegibilidade dele?
Olha, o partido tem trabalhado para a pré-candidatura do ex-prefeito Raul Filho e esperamos que ele tenha as condições legais para disputar o pleito eleitoral pelo MDB. Estaremos trabalhando com todos os esforços para provar à justiça que o Raul não está impedido de concorrer à prefeitura de Palmas. O nosso presidente metropolitano, Waldemar Júnior já sinalizou positivamente quanto ao nome dele, todavia, teremos ainda o reforço do nosso Presidente Estadual, deputado Nilton Franco, de toda diretoria executiva e dos líderes de uma forma geral, da qual discutiremos o melhor nome não só para Palmas, mas para todas as cidades do Tocantins. A nossa sigla tem um projeto sério para o Estado, e como tal, temos de ter nomes que conhecem a história e contexto dos 139 municípios, a exemplo de Raul Filho que conhece bem a Capital por tê-lo administrado-a por dois mandatos, e considerado um dos melhores prefeitos.
3 – Como a senhora analisa a atual gestão da capital? quanto já destinou para Palmas?
Acho que a prefeita Cintia tem enfrentado muitos desafios frente à gestão, principalmente nesse período de pandemia. A posição dela é bem delicada porque de um lado precisa preservar a vida das pessoas, do outro lado precisa alavancar a economia, uma situação atípica e complexa.Quando percorro pelos bairros mais afastados do centro, percebo que tem muito a ser feito. Particularmente ouço comentários favoráveis e contrários à administração da Capital, porém comuns nos espaços democráticos
Para Palmas já destinei R$10.472.416,00 (dez milhões, quatrocentos e setenta e dois mil reais e quatrocentos e dezesseis centavos), desse total, apenas R$1.625.500,00 (hum milhão seiscentos e vinte e cinco mil e 500 reais) não foram pagos, mas são emendas/ 2020 e empenhadas. Desse total, quase R$2 milhões para o Hospital de Amor, cerca de R$2.900,000,00 para reforma do HGP, R$600 mil custeio da saúde, os demais valores para a agricultura familiar (associação de chacareiros), construção de ginásio de esporte da Polícia Militar, entre outros
4 – Na sua opinião, qual o maior desafio da mais nova capital do país?
Não existe um desafio específico. Uma cidade funciona como uma engrenagem da qual todas as peças precisam ser encaixadas de forma que elas não sejam desconectadas. É comum da sociedade os grupos defenderem o seu círculo de atuação, neste sentido, entende-se que todas as áreas são essenciais. Profissionais da Saúde pedirão melhoria para o setor; da Educação, o mesmo; a Cultura, idem, e assim por diante.
Mas saúde, segurança, educação e emprego sempre são os desafios para o gestor de toda e qualquer cidade. Palmas, por ser uma cidade nova, precisa de muitas empresas para fomentar a economia e gerar emprego; os hospitais, por sua vez, embora sejam estaduais, atendem pessoas de vários Estados vizinhos, tendo o desafio de arrumar mecanismos para o problema; as pessoas se sentem inseguras, então resolver a questão da segurança pública; mães precisam trabalhar; elas querem escolas de tempo integral e creches. É aquela engrenagem da qual citei