Maju Cotrim
O Professor e advogado indígena Rogério Xerente falou á Gazeta do Cerrado na manhã desta quarta-feira, 7, sobre as articulações em torno do seu projeto de candidatura. Após Marcelo Lucena desistir por nao ter sido feita uma composição, Xerente vai disputar contra o atual gestor João Alberto.
“Tocantins hoje tem 71 anos de emancipação política, o povo indígena sempre participou como coadjuvante, em 1992 tivemos o primeiro indígena eleito vereador e depois participamos como candidatos a vereadores e até 2020 nunca tivemos na disputa quando nos organizamos e mostramos que queríamos mesmo participar de um processo eleitoral para o Executivo. Trabalhamos com o objetivo de participar do processo eleitoral para o executivo”, explicou.
A composição com Marcelo Lucena do UB não deu certo após muitas conversações e Rogério alega que não houve disposição de apoiá-lo.
“Tivemos vários diálogos no sentido de que nós queiramos de fato essa composição mas que o indígena tivesse a oportunidade também de participar do processo eleitoral, nosso povo sempre ajudou a compor”, disse.
“Queríamos uma união mas uma união que viabilizasse uma candidatura indígena, a gestão que está aí hoje está 16 anos no poder”, disse.
“Tocantínia é a cidade mais indígena do Tocantins e os indígenas querem ser protagonista”, disse.
“A gente entende que Tocantins é muito rica em cultura, questão ambiental e turismo e as pessoas que estão aqui não conseguiram perceber a viabilidade que Tocantinia tem, é preciso que mude A estratégia de governar e façamos uma gestão inovadora e deixe o coronelismo para lá, quero que Tocantins faça história e eleja o primeiro prefeito indígena”, disse.
O candidato a vice é o Silvanio Nordeste.
Fator PSB
Ele disse que a composição não foi possível porque o PSB é ligado a Carlos Amastha que é oposição ao governo.