Ícone do site Gazeta do Cerrado

Em Araguaína, Estado tem equipamentos para instalar mais UTIs no HRA, mas falta mão de obra médica

Sem novos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em Araguaína, no Norte do Estado, e com taxa de ocupação oscilando entre 90 e 100% em razão da pandemia do novo coronavírus, a Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) movimentou uma Ação Civil Pública (ACP) em que o Estado deveria implantar oito leitos de UTIs exclusivas para covid-19 no Hospital Regional de Araguaína (HRA). Contudo, como essa implantação ainda não ocorreu, foi ajuizado nesta quinta-feira, 18, um novo pedido – desta vez para que a Secretaria Estadual da Saúde disponibilize ao Município os equipamentos que declarou possuir para instalação das vagas.

Conforme manifestação do próprio Estado na ACP, no dia 4 de junho foram enviados equipamentos para montar oito leitos de UTIs, que passariam por testagem por serem utilizados em tratamento invasivo.

Conforme levantamento da Defensoria em Araguaína, o Estado possui equipamentos para instalar as UTIs, mas enfrenta dificuldades com recursos humanos suficientes para operá-los. Por outro lado, o Município conta com um Hospital Municipal para pacientes com covid-19, que permite ampliação, inclusive com geração de leitos de UTI, desde que sejam disponibilizados equipamentos. Diante das falhas nas tratativas entre a Prefeitura e o Estado para – juntos – proporcionarem o serviço, o pedido da DPE-TO tem o objetivo de evitar novamente o colapso das UTIs.

A Gazeta apurou que o governo tem dificuldade de contratar profissionais médicos porque não tem disponível no mercado no momento. No HRA segundo dados do Estado são 10 UTIs Covids e mais 10 no Dom Orione. Há oito que estão prontas mas não tem equipe medica. Mais 20 estão sendo preparadas para o CDT. no geral serão 48 leitos de UTI na cidade.

Consultada pela Defensoria Pública via ofício, a Prefeitura de Araguaína atesta possuir condições de prestar o serviço, em, no máximo, quatro dias após a disponibilização dos equipamentos, valendo-se da estrutura física e de recursos humanos do Hospital Municipal. Mesmo diante da anuência expressa do órgão, foi pedida a inclusão do Município no polo passivo da ação coletiva.

Publicidade

Assim, o pedido requer que ambos os órgãos organizem a regulação Estadual dos referidos leitos e demais trâmites burocráticos para tornar as vagas acessíveis à rede de atendimento.

A ACP é assinada peço defensor público Sandro Ferreira. Para ele, a falta de leitos em número razoável para a condição pandêmica na região gera uma série de problemas que podem ser evitados.

Sair da versão mobile