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Em busca da “foto perfeita”, mais de 200 mortes já foram registradas no mundo

(FOTO: REPRODUÇÃO)

De acordo com uma pesquisa da Journal of Family Medicine and Primary Care, 259 pessoas já morreram tentando tirar uma selfie perfeita. Os casos foram registrados entre outubro de 2011 e novembro de 2017 e envolvem incidentes ao redor do mundo.

As “selfies” são aquelas fotos que as pessoas tiram delas mesmas com a câmera frontal do celular. Elas ficaram mais famosas a partir da criação de smartphones com supercâmeras e, claro, com o boom das redes sociais. Segundo o Google, apenas em 2015 mais de 24 bilhões de selfies foram postadas em seu aplicativo de fotos. Ainda, de acordo com os analistas, cerca de 1 milhão de selfies são clicadas diariamente por pessoas com idades, principalmente, entre 18 a 24 anos.

“Tirar esse tipo de foto e compartilhá-las nas mídias sociais tornou-se um modo de expressar-se. As pessoas, às vezes, se arriscam em situações perigosas justamente para ganharem atenção em seus perfis. Em alguns casos, isso teve consequências fatais”, registraram os estudiosos.

De todos os países, a Índia é o campeão de registros desse tipo. Logo em seguida aparecem Rússia, Estados Unidos e Paquistão. Ainda, os homens são os que mais se arriscam em busca de uma boa fotografia, Segundo a análise, 72,5% das vítimas eram do sexo masculino contra 27,5% do sexo feminino.

Quando às causas mais comuns dos óbitos, estão: afogamento, acidentes de trânsito e quedas de grandes alturas. No entanto, morte por animais, choques elétricos e fogo também aparecem no relatório. Importante dizer que, segundo a pesquisa, as selfies não são registradas como a causa oficial das mortes (já que normalmente é relatado o que sucedeu à ela, como por exemplo a pessoa ter caído ou ter se envolvido em um acidente de trânsito). Assim, é possível que o número de pessoas que tenham sido vítimas da sua própria obsessão pela foto perfeita pode ser muito maior.

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Por fim, os pesquisadores concluíram que a melhor solução para evitar esse tipo de incidente é estabelecer áreas “sem zonas de selfie” em atrações turísticas – especialmente locais com riscos de se afogar ou de cair de uma grande altura, como o topo de um prédio ou o alto de uma montanha. Resta esperar que as pessoas realmente levam os avisos a sério e prestem atenção em suas atitudes.

 

 

Fonte: Revista Galileu

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