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Em queda, estação espacial chinesa começa a aparecer no céu noturno

(VIRTUALTELESCOPE)

A estação espacial chinesa Tiangong-1, que estava em órbita decadente desde 2016, deve finalmente cair no nosso planeta neste sábado (31). Com a aproximação da data fatídica, se tornou possível fotografar a estação no céu noturno. Astrônomos conseguiram observar o objeto caindo, que pode deixar apenas uma trilha branca e fina ou aparecer como uma estrela qualquer no firmamento.

Nesta madrugada, Gianluca Masi, astrônomo do projeto “Virtual Telescope”, capturou uma foto da estação com uma exposição de dois segundos. Com isso, ele pôde fazer a imagem que você confere, como se a Tiangong-1 fosse uma estrela estática. Para tal, ele precisou usar um telescópio robótico localizado nos EUA para rastrear o movimento da estação e, dessa forma, evitar que a foto ficasse apenas um borrão. O objeto, segundo ele, estaria viajando a 28.000 km/h. De acordo com o instituto alemão Fraunhofer, a Tiangong-1 dá uma volta na Terra a cada 2 minutos e 23 segundos.

Tiangong-1 em órbita decadente a 28.000 km/h (VIRTUALTELESCOPE)

Masi também tirou uma foto comum da estação, sem compensação de movimento. Nesse caso, ela aparece como uma simples linha branca e fraca. Como o pessoal do instituto Fraunhofer conta com um radar poderoso, eles conseguiram acompanhar a Tiangong-1 por algum tempo e registraram as imagens que você confere a seguir.

Trata-se de um pequeno vídeo gerado a partir dos dados do radar, que mostra que a estação ainda está inteira. O desenho ao lado simplesmente ajuda a entender as imagens “reais” e o movimento do objeto em órbita.

A previsão inicial era de que a estação cairia na Terra entre outubro do ano passado e abril deste ano, mas as projeções mais recentes apontam para uma queda neste sábado. Ainda assim, é impossível prever onde isso vai acontecer: pode ser em solo ou em água. Mesmo com isso, a probabilidade de alguma pessoa ser atingida é baixa. Espera-se que a estação de 9 toneladas se desintegre na reentrada, inteiramente ou parcialmente.

Por Leonardo Müller, do TecMundo

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