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Empresa de energia elétrica e município do TO são obrigados a regularizar situação de torre danificada

Atendendo a uma Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO), a justiça proferiu decisão liminar, nesta quarta-feira, 22,  que obriga a  Energisa Tocantins e o Município de Colinas a regularizarem, no prazo de 48h,  a situação de uma torre de energia elétrica de alta tensão,  localizada no centro de uma rotatória, no Bairro Araguaia II, na cidade. A estrutura danificada coloca em risco a vida de mais de 35 moradores que vivem abaixo da rede elétrica.

A decisão estabelece que os requeridos realizem, pelo menos, a instalação adequada da torre e garantam proteção suficiente a fim de evitar acidentes em caso de rompimento dos cabos de energia elétrica ou queda da torre e da fiação, como já ocorreu no último dia 26 de outubro, porém a preferência é pela retirada da rede do local.

ACP

A torre se encontra com problemas estruturais, causados após um caminhão bater no local, no último dia 26 de outubro. Uma diligência realizada pelo MPTO apontou que a torre está torta, com ferros amassados e enferrujados, colocando em risco a vida da população local.

Também foi certificado que o chão em que a torre está fixada está fofo e encharcado, o que ocasiona  risco iminente de desabamento da estrutura. “Caso a torre venha a cair, fará um número expressivo de vítimas fatais, pois o lado em que ela está pendendo tem muitas casas, como evidenciam registros fotográficos do local”, pontuou o relatório.

Além disso, os moradores estão assustados e com medo de possíveis acidentes com a rede. Relatam que em dias de chuva e vento já presenciaram explosões e curtos-circuitos.  A chegada das chuvas, portanto, também foi justificativa apresentada pelo MP para pedir a liminar.

A ACP, assinada pelo promotor de justiça Matheus Eurico, que responde pela  2ª Promotoria de Justiça de Colinas do Tocantins, requer, no mérito, indenização por danos morais coletivos devido à inércia da concessionária em corrigir de maneira eficaz a instalação da torre e de resguardar a população local, que não obteve qualquer informação.

Também foi postulado o reconhecimento de danos materiais e morais individuais,  para cada morador prejudicado que comprove residir na localidade afetada pela rede de alta tensão.

O que diz a Energisa

A Energisa informou que está ciente e reforça que a torre foi submetida a uma análise, procedimentos técnicos e conta com laudo de inspeção que garante a plena segurança da estrutura e que não há risco de queda.

A Concessionária informa que também está em contato com o Ministério Público do Estado. Além disso uma agenda entre o órgão e a concessionária está prevista para os próximos dias com o objetivo de apresentar todas as informações pertinentes sobre o caso.

Todas as medidas necessárias para garantir a segurança da população foram prontamente implementadas, assegurando também a continuidade do fornecimento de energia para os clientes da região.

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