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Empresário anuncia implantação de esmagadora de semente de algodão no Estado

O ceo da Uniggel, Fausto Garcia, destacou incentivo do Governo do Tocantins para viabilizar a primeira indústria de esmagamento de caroço de algodão no Estado - Crédito: Wilson Rodrigues/Governo do Tocantins

Produtores de algodão no Tocantins receberam uma notícia que promete alavancar ainda mais a produção no Estado. O ceo da Uniggel Rações e Óleo, Fausto Garcia, anunciou durante o painel “Tendências do Agronegócio Mundial e Brasileiro com foco em Milho e Soja”, que graças ao incentivo fiscal concedido pelo Governo do Tocantins por meio do Proindústria, irá implantar a primeira indústria de esmagamento de semente de algodão no Estado. O painel, mediado pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Aquicultura, Jaime Café, encerrou a programação científica desta quinta-feira, 17, terceiro dia da Feira Agrotecnológica do Tocantins – Agrotins 2021 100% Digital.

O ceo da Uniggel, Fausto Garcia, ressaltou que o incentivo do Governo traz um dos maiores benefícios, que é fazer com que essa indústria, que está sendo implantada no Estado, possa ter segurança para crescer e se consolidar. “Esse incentivo nos traz a possibilidade da implantação e do amadurecimento da empresa. Ela está incentivada fazendo com que possa gerar lucros e consiga chegar à jovialidade da empresa com saúde financeira, com segurança financeira para que ela possa inclusive crescer nesse período que está sendo incentivada pelo Governo. Com certeza isso trará crescimento da indústria, trará crescimento da produção, geração de novos empregos”, afirmou.

Fausto Garcia destacou que a Uniggel Rações e Óleo é a primeira indústria de esmagamento de caroço de algodão no Tocantins. “Como sempre a gente se propôs a ser pioneiro. Acabamos nos expondo a mais riscos, a maiores dificuldades, muitas vezes a custos iniciais mais altos e eu acho que esse incentivo é de grande importância para gerar segurança para o empreendimento que está sendo montado no Estado”, ressaltou.

Ainda de acordo com o ceo da Unigel, o óleo bruto de algodão poderá ser usado na produção de biodiesel. A empresa também produzirá a torta de algodão, que poderá ser usada na dieta bovina, principalmente para engorda do gado leiteiro, porque o produto aumenta a produção de leite.

O secretário da Agricultura, Jaime Café, destacou a importância do empreendimento para a cadeia produtiva no Estado. “As perspectivas são boas e animadoras. O investimento da Uniggel será no município de Campos Lindos, onde se produz algodão. Será implantada uma esmagadora do caroço da planta para fazer torta, farelo e extrair o óleo e insumos importantes para ração animal”, explicou.

Jaime Café ainda reforçou que este investimento será importante para a região, podendo agregar valor ao algodão no Tocantins e desenvolver a integração na produção do gado de corte por meio dos confinamentos. “Boa notícia que nos anima. A máquina também pode esmagar soja, para oferta do farelo. O Tocantins está no caminho certo, no caminho da industrialização destes produtos que temos no nosso Estado”, frisou.

O Painel

O painel contou ainda com as participações do palestrante de mercados dos grãos e agroenergia, Vlamir Brandalizze, do presidente da Aprosoja Tocantins, Dari Fronza, e do presidente da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e do Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/TO), Ricardo Khouri.

O palestrante Vlamir Brandalizze destacou que em 2020, o Brasil faturou R$ 38 bilhões com a exportação da soja. E a projeção para 2021 é chegar a R$ 48 bilhões. “Isso dá mais de R$ 200 bilhões. A soja é o ouro brasileiro. Vamos avançar com isso”, ressaltou.

Segundo Vlamir Brandalizze, a soja é o maior produto da pauta de exportação do Brasil. “Apenas nas duas primeiras semanas de junho exportamos 5,1 milhões de toneladas. No ano, são 55,5 milhões de toneladas. A soja, é líder do agro, puxa toda a fila junto ao milho, trigo, arroz e feijão. Onde a soja chega, o emprego também chega. As cidades crescem, a vida da população melhora”, frisou.

Já o produtor e presidente da Aprosoja, Dari Fronza, pontuou alguns gargalos da produção no Brasil. Ele afirmou que a produção está vindo muito abaixo do esperado e fez um apelo aos estudantes do segmento. “Estudem tudo que faz parte do agro. O Brasil tem clima, tem terra. Tocantins é movido pelo agro. Isso é uma transformação, fortalece muito as cadeias”, afirmou.

O presidente da Coapa, Ricardo Khouri, afirmou que o produtor ainda investe em tecnologia e maquinário. “Dentro desse horizonte de mais quatro, cinco safras, permitindo boa remuneração, acho que tem mais uma estabilidade a se planejar em grande escala”, projetou.

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