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Empresário do TO é indiciado por estelionato pela 3ª vez em menos de 15 dias após causar prejuízo milionário em vítimas

Homem indiciado mais uma vez por estelionato também foi preso por descumprimento de medida protetiva – Foto – SSP-TO

Dando continuidade às investigações a respeito da prática de crimes de estelionato, que resultaram em prejuízos milionários a moradores de Paraíso do Tocantins, a Polícia Civil por meio da 63ª Delegacia daquela cidade, concluiu nesta terça-feira, 23, mais uma etapa de investigações, e indiciou novamente um empresário de 27 anos, por mais um crime de estelionato.

 

O delegado José Lucas Melo, titular da 63ª DP e responsável pelo caso, explica que o empresário que atuava no ramo de compra e venda de produtos alimentícios por atacado foi indiciado pela terceira vez pela prática do crime de estelionato, uma vez que a Polícia Civil conseguiu localizar mais uma vítima.

 

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“Ocorre que esse indivíduo já havia sido indiciado anteriormente por aplicar golpes em moradores de Paraíso. Ele atraía potenciais investidores com a promessa de altos lucros, em um curto prazo, sendo que para convencer os investidores, ele dizia que atuava com compra e venda de alimentos, sobretudo açúcar e óleo, que posteriormente seriam revendidos para grandes supermercados da cidade”, disse.

 

Dessa forma, o indivíduo cooptou vários potenciais investidores, os quais  sem desconfiar que se tratava de um golpe e confiando na palavra do pretenso empresário, investiram altos valores em sua empresa e quando perceberam que se tratava de um golpe, uma vez que o indiciado não conseguiu cumprir com sua promessa de lucro rápido e alto, denunciariam o homem à Polícia Civil, que então iniciou as investigações e descobriu todo o modus operandi do suspeito de estelionato.

 

O delegado José Lucas explica que o homem, em um primeiro momento até para disfarçar, chegou a repartir os supostos lucros obtidos com a venda de uma carga de insumos alimentícios avaliada em R$ 50 mil, para dar uma aparência de legalidade ao negócio e assim fortalecer a confiança com investidores que sequer sabiam a existência um dos outros.

 

“No entanto, após esse primeiro ato, as investigações demonstram que o indivíduo desviou em proveito próprio o restante do dinheiro lesando vítimas que chegaram a perder entre R$100 mil a R$650 mil, com a prática do golpe”, disse. Somente nesse terceiro indiciamento concluído nesta terça-feira, pela Polícia Civil, uma vítima teve um prejuízo estipulado em mais de meio milhão de reais.

 

Preso por outro crime

 

Após tomar conhecimento de que estava sendo investigado e que poderia ser preso, o empresário, que estava proibido de se aproximar ou falar com sua ex-companheira, entrou em contato com a mulher relatando o caso e fazendo ameaças. Diante dos fatos, e por ter violado a medida protetiva em vigor, foi deferido um mandado de prisão contra o homem, o qual foi cumprido, na semana passada e ele acabou preso pelo crime de descumprimento de medida protetiva.

 

Com esse terceiro indiciamento, o indivíduo responde agora por três crimes de estelionato, que podem aumentar, pois a Polícia Civil ainda trabalha com a possibilidade da existência de mais vítimas que caíram nos golpes do falso lucro.

 

“Trata-se de condutas muito graves perpetradas por esse indivíduo e que induziram pessoas a erro e causam prejuízos milionários. Desse modo, a Polícia Civil agiu com celeridade e desvendou toda estratégia criminosa utilizada pelo autor, impedindo que mais investidores fossem lesados”, pontuou o delegado José Lucas.

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