Equipe- Gazeta do Cerrado
Entrevista: Jornalista Brener Nunes
A Ordem dos Advogados do Brasil do Tocantins (OAB/TO) anunciou que vai ingressar com uma medida contra a liberação do empréstimo da Caixa Econômica Federal para o Governo do Estado.
O financiamento de R$ 453 milhões é para bancar principalmente obras de infraestrutura, como rodovias e ruas de municípios.
Segundo o presidente da OAB, Walter Ohofugi, o Estado possui outras prioridades. “Não prejudica de modo algum os municípios, pelo contrário. Esse dinheiro deveria estar sendo investido em Saúde, Educação e no Funcionalismo do Estado que está um caos”, disse à Gazeta.
“Temos que pensar no que é necessário, não gastar tudo para pagar empreiteira. Estamos em um momento de austeridade. Esse governo não teve tempo de analisar a real situação do estado”, esclareceu Ohofugi.
Sobre uma suposta conotação política nesta mobilização, já que é filiado ao PSD que está na base da candidata Kátia Abreu, Walter afirmou que está apenas seguindo a vontade da Ordem. “Estou a serviço da Ordem dos Advogados, da população, a proposição não foi minha, mas da Comissão de Defesa do Patrimônio Público e Combate à Corrupção”, destacou.
Prefeitos estudam entrar na situação para que a OAB não impeça o empréstimo que foi articulado inicialmente pelo ex-governador Marcelo Miranda que inclusive propôs a alteração para que o FPE seja dado como garantia. Os deputados aprovaram na semana passada esta alteração dando o FPE como garantia, o que na visão de muitos economistas, por exemplo, pode colocar o Estado em maus lençóis.
O Tocantins está desenquadrado na LRF, fator que atrapalha também a liberação do valor.
A Associação Tocantinense de Municípios-ATM deve se manifestar oficialmente em favor do empréstimo. Nossa equipe tentou durante toda manhã ouvir o presidente Jairo Mariano mas ele está com telefone indisponível.