No mês de novembro, a pesquisa que mede o endividamento e a inadimplência dos consumidores de Palmas (PEIC) mostra que os palmenses estão ainda acima de média nacional no índice de endividamento. Já na inadimplência, Palmas está abaixo da média, assim como os que não terão condições de quitar essas dívidas em atraso. Neste mês foram registradas quase 58 mil pessoas endividadas.
Dentre os entrevistados 70,5% estão endividados. Desse total, 61,5% consideram-se pouco endividados e 12,2% estão com dívidas em atraso. Apenas 0,2% não terão condições financeiras para pagar suas dívidas, índice que estava zerado desde fevereiro. Desse nicho de endividados com contas em atraso, 47,5% estão com atrasados por até 30 dias, sendo a média de 42,7 dias.
“O endividamento não é necessariamente negativo, se não for acompanhado de um aumento expressivo da inadimplência. A dívida com responsabilidade e compatível com a renda possibilita a aquisição de bens importantes para as famílias, sejam eles bens duráveis ou até mesmo imóveis”, observou o presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros.
O presidente do Sistema Fecomércio, Itelvino Pisoni, reafirma esse posicionamento. “Nós sabemos que para o comércio se o cliente tem potencial de consumo, seja por crédito ou carnês, isso é bom, pois gera vendas. Porém se as pessoas se endividam e não tem condições de pagar, aí já existe um ponto preocupante para o empresário. Mas o índice no Tocantins ainda está muito abaixo do nacional, então não é necessária uma grande preocupação”, ressaltou.
A maioria dos consumidores, 69,6%, disseram que comprometem sua renda familiar em torno de 11 a 50%, ficando a média em 33,4%. Já sobre o comprometimento em tempo com dívidas, 43,2% estão comprometidos com dívidas que perduram por mais de 1 ano. A média de tempo de comprometimento com dívidas é de 8 meses.
O ranking das principais dívidas continuam sendo: cartão de crédito, financiamento de carro, carnês e financiamento de imóvel.
Fonte: Imprensa Fecomércio