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Enquanto espera por emancipação população de Luzimangues ainda carece de serviços

A emancipação do Distrito de Luzimangues é um sonho para muitos moradores do local. Ainda sem previsão, o processo de transformação num possível município tramita na Câmara Federal. O presidente da Associação Comunitária de Luta pela Emancipação do Distrito de Luzimangues – ASCOMLUZ, Édson Pires de Almeida Junior comentou que o processo de emancipação do distrito já passou pelo Senado e se encontra na Câmara dos Deputados. Ele disse que a ASCOMLUZ tem acompanhado nestes setes anos as transformações que aconteceram na região, esse desenvolvimento é acompanhado pelos moradores que participam ativamente nesse processo.
Édson informou que Luzimangues tem boas características que influenciam na emancipação, como a boa logística, o relevo do distrito, por ser próximo da capital e está entre duas bacias importantes do Tocantins, entre outras. “ Sabemos da dificuldade que temos pela distância da sede do distrito, são muitas burocracias, ” disse.
Segundo ele, o IPTU de Luzimangues tem valor inferior ao que é cobrado na região. “Vemos muita valorização dessa região, mas o real valor são as pessoas que resolveram morar aqui. ” Outro fator a favor da emancipação é a ferrovia norte e sul, que segundo Édson, tem gerado e vai gerar mais empregos. “ Sabemos que quando tem a sede no próprio lugar, os vereadores e prefeito, é mais fácil para o cidadão cobrar, ” disse.
De acordo com ele, muitos moradores de Luzimangues não votam em Porto Nacional devido à distância. “Muita gente muda de Palmas para cá, mas não muda o título de eleitor, e também quem precisa de cartório para burocracias não tem aqui em Luzimangues, então, as pessoas vão em Palmas por que o custo é menor e mais próximo, ” informou.
Gargalos
“Temos que ter uma política-administrativa inteligente. Temos o mesmo quadro de secretariado de Palmas e Porto Nacional, por exemplo, temos que adaptar na nossa realidade. Nossa preocupação é com o desenvolvimento organizado”, frisou Édson, de acordo com ele, Luzimangues tem quase 300 alunos fora da rede municipal e o posto de saúde não atende toda a comunidade, além disso nos finais semana ele não abre.
Segundo Édson, o distrito conta com diversas dificuldades como: telefonia, policiamento e subestação de energia fraca para a demanda da população local, além da falta de agência bancária. “ No ano passado, tivemos a oportunidade de criar uma delegacia, no entanto, não tem estrutura física, apesar de ter uma área destinada a isso, ” informou.
Segundo ele, a Associação intermedeia o contato com o governo e a comunidade para ver o que importa para cada morador e as reais necessidades. “A entidade já esteve em Brasília com a bancada tocantinense e pedimos emendas específicas para Luzimangues,” informou.
Édson afirma que o município de Porto Nacional não vai se prejudicar com a emancipação de Luzimangues, visto que o distrito tem cerca de 20 mil habitantes, mas no registro conta com aproximadamente 6 mil habitantes. “ Temos uma demanda muito maior que isso, até pouco tempo a região era registrada como rural, há cerca de dois anos conseguimos um CEP para Luzimangues, ” disse.
“Nós sabemos que Luzimangues tem as melhores características de uma cidade sustentável e organizada. Temos uma dificuldade muito grande pela distância da sede. Nós vamos lutar pela emancipação, sabemos que vai acontecer, não sabemos quando, mas sabemos que temos viabilidade e esse é o objetivo da ASCOMLUZ”, contou. A instituição faz conscientização da população para ter mais força e participação nessa discussão.
Texto: Colaborou Hellen Maciel – Gazeta do Cerrado
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