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ENTREVISTA: “Se o presidente for normal na questão ambiental nem precisa vestir fantasia de ambientalista”, diz Kátia Abreu

Maju Cotrim

A Senadora Kátia Abreu concedeu entrevista á CNN Brasil quando falou de vários assuntos e pautas nacionais. Ela começou respondendo sobre sua posição política atualmente.

A Gazeta acompanhou e traz alguns dos pontos e falas.

“Eu perdi as eleições, Ciro era meu candidato. Estou no campo da oposição, dou base do bom senso, onde fizer bom senso faço parte desta base”, disse.

“Tenho me comportado ajudando o Brasil”, disse

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Sobre a avaliação sobre o PP na base do governo ela disse: “na reunião do partido eles fizeram uma contabilidade para mostrar que desde 2019, o partido já estavam votando quase que unanimidade as matérias do governo”, contou.

“Bolsonaro subiu nas pesquisas por ser um presidente normal e é isso que o Brasil precisa, tudo está caindo na normalidade”, disse.

“Quando ele caiu na normalidade a popularidade dele subiu e o apoio dos partidos do centro foi importante”, disse.

Veto

Ela falou ainda do veto sobre o reajuste dos servidores. “Houve falhas na articulação política”, disse. “O resultado foi negativo para o Senado Federal”, disse.

“A Câmara parece que está fazendo o papel do Senado e virando a Casa revisora” comentou..

Segundo ela, a população espera que o Senado trabalhe mais de forma razoável.

Kátia fez várias críticas ao presidente e disse que o Congresso não vai permitir desequilíbrio fiscal. “Precisamos de sossego na economia”, disse.

“O governo precisa nos dar segurança que age como um pai de família”, disse.

Sobre o auxílio ela, que já defendeu a ampliação do benefício, apontou uma linha tênue entre o que é interesse político do que é humanitário.

Paulo Guedes

Kátia disse que não vê riscos para saída do ministro Paulo Guedes do cargo. “Acredito que os ânimos se arrefeceram”, disse.

Ela defendeu um ajuste fiscal “não radical”.

Reformas

“Não se trata mais de querer ou poder, é uma questão de necessidade. De não haver outra forma de consertar as contas do país se não for pelas reformas que vai modernizar o Estado brasileiro”, disse.

“Nenhum de nós tem nada a temer com a reforma administrativa”, disse.

Trajetória

Kátia comentou também sua trajetória política, a amizade com a ex presidente Dilma Rousseff e ligação com o agronegócio. “A minha escolha foi uma vitória do Agronegócio e não minha, a vantagem da Dilma foi resgatar a posição de independência e neutralidade política”, disse.

Ela disse que os ministros após ela também representam o setor e que isso é uma vitória do agronegócio. “Não podemos permitir esse retrocesso para que o ministério volte a ser alvo de barganha”, disse.

Ela disse que tem o vínculo e respeito com a ex-presidente e comentou o impeachment: “não achei justo pular do barco, só tinha uma hipótese , tenho a convicção até hoje que ela é uma mulher honesta e séria”, disse.

“Foi um erro com a democracia, não tira e põe presidente a qualquer momento”, acrescentou.

“Nunca fui petista mas nunca fui de Esquerda apenas ocupei um espaço pelo agronegócio”, disse.

“Não preciso de autorização de nenhuma instituição para defender a agropecuária brasileira”, disse.

Sobre a visão do agronegócio com relação ao atual governo ela disse haver duas linhas de pensamento. “ o maior prejuízo do governo Bolsonaro é a questão ambiental que pode nos tirar o chão”, disse.

“Negar questão ambiental é dar um tiro no pé”, disse.

“Se o presidente for normal na questão ambiental nem precisa vestir fantasia de ambientalista”, disse.

Lava Jato

”A Lava Jato trouxe ganhos ao país e já é um patrimônio da justiça brasileira, ela não é só um personagem A ou B”, disse.

“A LavaJato não é do Dallagnol nem do Moro”, disse ao se posicionar contra excessos.

Eleições no Senado

Sobre a possibilidade de reeleição de Davi Alcolumbre ela não descartou apoio: “Acredito muito numa reeleição, não teria nada contra a reeleição de Davi mas precisamos esperar a decisão sobre isso. Humildemente reconheço que não esperava sim desempenho como ele está tendo”, disse ao elogiar o atual presidente.

“Se Davi conseguir condição de candidato não teria nenhum problema em votar nele”, disse.

Pandemia

“Bolsonaro errou profundamente quando quis Competir com os técnicos e a ciência. Foi o caos”, disse.

“A cloroquina não foi consagrada como uma medida técnica absoluta”.

Ela defendeu alinhamento dos governos para solucionar o problema. “O governo federal poderia ter feito um protocolo nacional mínimo com os governadores”, disse.

 

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