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Ep “Cantigas e Quintais” celebra a musicalidade do poeta Gilson Cavalcante

Produzido durante a pandemia, o EP de estreia de Gilson Cavalcante como compositor será lançado no próximo dia 18 de fevereiro, trazendo a musicalidade desse poeta beradeiro e a sonoridade de um Brasil de dentro.

Com um “Cantigas e Quintais” celebra os 40 anos de carreira do poeta e compositor Gilson Cavalcante, reunindo cinco canções autorais interpretadas pelo pernambucano André Macambira, o grupo mineiro Guaimbê e os filhos do poeta, Ana Liz e Aluísio Cavalcante. O trabalho traz fortes traços da musicalidade popular brasileira, enriquecida por arranjos modernos, emoldurando os versos e o imaginário universal do poeta.

Cavalcante é jornalista e tem uma vasta produção literária, com 9 publicações e alguns importantes prêmios nacionais e participação em eventos internacionais. Em 2021 lançou seus dois últimos livros de poesia, A arte de desmantelar calendários e O amor não acende velas. “Eu lido mesmo é com as palavras e não toco nenhum instrumento. Componho intuitivamente algumas música, não sei nem comose processa isso”, revela o compositor.

Embora este seja sua primeira obra fonográfica, sua lida com música vem de anos. Já participou de festivais na década de 80, possui canções gravadas por alguns artistas goianos e tocantinenses como Walter Mustafé, Luis Augusto, Amauri Garcia, Braguinha Barroso, Marcus Ruas, Mário Xará e o Guaimbê. Em Cantigas e Quintais , reuniu músicas de diferentes épocas da sua carreira.

Visitação é a faixa que abre o trabalho com uma interpretação solar da jovem Ana Liz, cantora e compositora que vive em Juiz de Fora-RJ. A canção faz parte da mais recente criações de Cavalcante, que ganhou no seu arranjo referências afrobrasileiras muito fortes. Já Cavalo alado do amor foi interpretada pelo pernambucano André Macambira, que também assina a produção musical em quatro das cinco faixas do EP. O pernambucano também interpreta Parte do todo que é (Cinderela), uma das primeiras canções compostas por Cavalcante ainda na década de 80. O EP traz ainda Pé de tudo, interpretado pelo cantor e compositor Aluísio Cavalcante, sob um arranjo carregado de grooves brasileiros e elementos sonoros eletrônicos e eletroacústicos que dão a faixa uma sonoridade moderna. Quem encerra o Ep é o grupo Guaimbê

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Sotaques musicais de um Brasil de dentro
O que se ouve em Cantigas e Quintais são sotaques que vão o norte goiano, passando pelo cerrado tocantinense, pelo litoral e o sertão pernambucanodo e chegano às montanhas do sul de Minas Gerais. O pernambucano de Serra Talhada, André Macambira, foi convidado para produzir o EP e, reuniu músicos de vários cantos do país. Parte do disco foi gravado em Recife-PE, parte em Poços de Caldas-MG e parte em Juiz de Fora-RJ.

Além das interpretações de André Macambira, Ana Liz e Aluísio Cavalcante , a realização musical do disco contou com as percussões de Gilberto Bala Santos, Thiago Lasserre, Danilo Abreu e Ricardo Malabi. Rubem França tocou violão de 8 cordas em Parte do todo que é, e Flávio Danza violão de 7 cordas em Quebranti, música arranjada e interpretada pelo grupo Guaimbê, composto ainda por Leo Brasileiro na percussão, Rodrigo Mendonça na flauta e o filho do poeta nos vocais. Os pífanos e clarinetes ficaram por conta de Alexandre Rodrigues, a bateria por Lucas Araújo, baixo Lucas Castro, viola por Liêve Ferreira, acordeon por Vinícius Nogal e o Contrabaixo acústico de Ivan Trevisan em Quebranti.

A mixagem e masterização foi realizada por Albérico Junior, com excessão da mixagem de Quebraneti, feita por Flávio Danza no Cambucá Records.

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