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Esgoto de hospital estaria sendo despejado em córrego no sudeste do TO

O esgoto do Hospital Municipal de Taguatinga, no sudeste do Tocantins, está sendo despejado sem nenhum tipo de tratamento no córrego Salobro, que passa pela região. A informação é do Ministério Público Estadual (MPE), que entrou na Justiça contra a prefeitura da cidade. Segundo a promotoria, o problema contaminou a água do córrego e gera risco de doenças à população.

A Justiça concedeu uma liminar, que significa uma decisão temporária, dando um prazo de 120 dias para que a prefeitura resolva o problema. Ainda cabe recurso à decisão. A ordem é para que seja construído um sistema de captação com filtros, fossa séptica e sumidouro. A multa em caso de descumprimento é de R$ 5 mil por dia.

O MPE informou que acompanha o caso desde 2015 e que já tentou fazer um acordo com a prefeitura, mas não teve resultados. O atual prefeito, Altamirando Zequinha Gonçalves Taguatinga (PV), conhecido como Miranda Taguatinga, foi eleito em junho de 2017 em uma eleição suplementar após o eleito em 2016 ter sido impedido de assumir o cargo.

Na época, Miranda disse que a prioridade da gestão era justamente resolver o problema do hospital e que tentaria fazer um termo de cooperação com o governo estadual. O G1 tentou contato com a prefeitura nesta quarta-feira (7), mas as ligações não foram atendidas.

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A região sudeste, onde a cidade fica, é a parte mais seca do Tocantins e sofre com a estiagem quase todos os anos. A captação de água em Taguatinga e outras cidades próximas é feita em pequenas barragens que foram construídas pelo governo do estado nos últimos 10 anos. Os córregos geralmente não são usados para esta finalidade. O principal risco é de contaminação do solo e de animais que passam pela água.

Outros problemas

O maio de 2017 o G1 mostrou que a mesma unidade hospitalar estava há mais de um ano sem o recolhimento de lixo. Nos fundos da unidade se acumularam caixas de material hospitalar como gases e agulhas. Além disso, o material biológico de procedimentos e pequenas cirurgias também não estava sendo descartado. Os problemas foram detectados durante vistoria da Defensoria Pública Estadual no local.

A vistoria também detectou a falta de material básico para atendimento, equipamentos deteriorados, equipamentos comprados que nunca foram utilizados e falta de climatização nas salas. Alguns dos problemas mencionados nunca foram solucionados.

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