Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 11, mostra que o rendimento do trabalhador brasileiro caiu cerca de 0,56% em 2017 se comparado com o mesmo período em 2016.
No Tocantins, cerca de 2.243 pessoas foram ouvidas. Maioria delas possuem um rendimento vindo de todas as fontes e passaram a receber mensalmente no ano passado, R$ 1.692 contra R$ 1.613, em 2016. Ou seja, um aumento de R$ 79, ou seja, um aumento que demonstra uma tendência ligeiramente diferente do conjunto de todo o país.
Todavia, o economista Raimundo Casé alertou e disse que o mercado de trabalho ainda vai demorar um pouco a se reerguer.
“Os dados mostram claramente que o processo de recuperação da economia brasileira e tocantinense será lento. O mercado de trabalho ainda pouco dinâmico, com carteira assinada, não apresenta indícios de retomada consistente, o que determina grau maior de instabilidade e precarização do trabalho, o mercado informal e/ou autônomo deverá puxar a fila da ocupação”.
Casé ressaltou ainda que essa queda na renda mensal do trabalhador afeta não apenas o consumo das famílias, mas também a arrecadação do governo.
“A queda da renda média, a precarização e instabilidade do trabalho, afeta o consumo das famílias, o nível de investimento da economia, o que dificulta ainda mais a aceleração do crescimento, e a própria arrecadação tributária governamental, o que obviamente compromete as finanças e os serviços públicos”.
Os dados mostram ainda que o número de pessoas com renda por conta de aposentadoria, pensão, pensão alimentícia, doações, mesadas e teve também uma leve alteração positiva subindo de 615 em 2016 para 616 pessoas em 2017.
O levantamento foi feito através da Pesquisa Mensal por Amostra em Domicílio (Pnad Contínua) e revelou ainda que o encolhimento acontece por conta da crise no mercado de trabalho.
Em geral, a pesquisa aponta ainda que 124,6 milhões de pessoas possuíam algum tipo de renda em 2017. Isso representa 60,2% da população. Por outro lado, apenas 10% da população mais rica, concentrava mais de 43% do rendimento mensal no país.