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Especialista fala sobre o diagnóstico e riscos da cardiopatia congênita

A cardiopatia congênica matou 12 crianças no Tocantins em 2018 - Divulgação

No Tocantins, de janeiro a novembro deste ano, foram registrados óbitos de 12 crianças devido à cardiopatia congênita. Esses dados são da Defensoria Pública do Tocantins (DPE/TO), com base nas pessoas que procuraram o órgão para serem atendidas pelo sistema público de saúde.

A cardiopatia congênita é qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração e acontece por causa de uma alteração no desenvolvimento embrionário.  A suspeita pode ser identificada no ultrassom morfológico e confirmada com um ecocardiograma fetal, ou por meio do teste do coraçãozinho.

Segundo informações do médico especialista em cardiologia e terapia intensiva, professor Dr. Henrique B. Furtado, essa é uma doença que não tem causa definida, mas que existem alguns fatores que podem contribuir para o aumento do risco de tê-la.

“Quando uma criança apresenta uma cardiopatia congênita, ou seja, ao nascer já tem essa alteração no coração, ela pode ser uma alteração simples como, por exemplo, uma persistência do canal arterial, numa comunicação interarterial, ou uma comunicação intraventricular, que nós chamamos de CIV – aliás, a cardiopatia congênita mais frequente é a comunicação interventricular (CIV), um orifício que comunica os dois ventrículos do coração. Essas cardiopatias mais simples, se operadas no momento correto, levam o coração (o aparelho cardiovascular) a ficar absolutamente normal”, explica o médico.

Ainda de acordo com o especialista, a criança tratada de forma correta e no tempo certo pode ter uma vida normal, com a prática de atividades físicas, de esportes, ou aquilo que a criança desejar.

Fatores que podem contribuir para o nascimento de crianças com cardiopatia congênita

Mães com mais de 35 anos, histórico de filhos anteriores cardiopatas, mães diabéticas, portadoras de lúpus e hipotireoidismo, mães que apresentaram toxoplasmose ou rubéola, ou aquelas que fizeram uso de anticonvulsivos, anti-inflamatórios, ácido retinóico ou lítio durante a gravidez, podem aumentar as chances de alterações na formação do coração do feto. Gravidez de gêmeos, múltiplos ou fertilização in vitro também pode influenciar.

Dicas do Especialista

É indicado para todas as crianças, após o nascimento, passar por uma avaliação cardiológica para detectar se são portadoras de cardiopatia congênita. Se a cardiopatia for cirúrgica, deve-se consultar um especialista que possa indicar o momento da correção para, a partir daí, a criança ter um coração normal, vida normal, sem sopro ou qualquer outra questão que possa impedir as suas atividades.

Fonte: Precisa Assessoria

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