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Especialista orienta sobre como lidar com a demissão

Coach e life coach, Sônia Pandini

“Liste suas habilidades e invista seu tempo” orienta

 

Ana Negreiros  – Gazeta do Cerrado

 

Desde que a pandemia do novo coronavírus começou no Brasil, muitas pessoas perderam seus empregos e ficaram sem saber o que fazer. Especialista em carreira, coach e life coach, Sônia Pandini foi uma delas. Há sete anos, ela trabalhava na área de Marketing de uma multinacional do ramo do Turismo. No Tocantins, muitas empresas também estão demitindo, ou reduzindo a jornada de trabalho, o que assusta os profissionais, por isso, a Gazeta do Cerrado buscou dicas de como enfrentar este momento.

Fui demitido, e agora?

Ficar sem chão quando uma demissão acontece é natural, segundo Sônia Pandini. Ela explica que a sensação é a mesma de quando os sapatos são retirados dos seus pés. “Nesta hora, o sentimento é caminhar descalço sobre brasas”, revela.

Sônia explica que o primeiro passo para superar o momento é entender o que aconteceu.

“É necessário fazer uma reflexão sobre a situação e entender o motivo do desligamento. Essa é uma atitude para que a pessoa aprenda e saiba o que pode fazer melhor ou diferente, na próxima oportunidade profissional”, comenta.

Ela lembra ainda que é importante ver a demissão como “um ciclo que se fecha e como uma oportunidade para um reinício, para rever seus propósitos”.

“Acontece com o outro, comigo não”

O complexo de imunidade sonda o brasileiro. Geralmente, tudo pode acontecer com o outro e nada com a pessoa. Sônia assegura que esse fato vem da cultura brasileira, que raramente prepara para uma situação inesperada.

“Muitos de nós não temos base em educação financeira e quando nos vemos nessa situação, sem emprego, o primeiro medo é como manter a qualidade de vida”. Neste caso, a profissional recomenda que sempre tenha uma reserva de emergência, que possa cobrir seus custos mensais por pelos menos seis meses”.

Outra dica é que cada família reveja de imediato aqueles gastos que não são essenciais. “ Pequenas coisas, mas que podem fazer uma grande diferença no bolso.

Manter-se ativo

Sônia conta ainda que o ideal após a demissão é manter-se mentalmente ativo. “Praticar exercícios ajuda a manter mente e corpo são. Reduz a ansiedade e a possível tristeza que possa sentir”, detalha.

Rever o networking (contatos profissionais) é uma outra dica da profissional. “Contate as pessoas em quem confia, informe ao mundo que está disponível. Atualize imediatamente seu LinkedIn e monitore as oportunidades de emprego”.

Usar o tempo para planejar o que gostaria de fazer: curso de algum idioma, uma pós-graduação, ler livros. Hoje existem muitas opções gratuitas no mercado. “Veja as suas prioridades e coloque tudo num papel. Agora, há vários cursos gratuitos pela Internet. Então, tendo a oportunidade, estude!”, diz Sônia.

Viva o luto

Ser desligado de uma empresa pode ser doloroso sim. Sentir-se triste faz parte e é preciso viver o luto, mas Sônia explica que “muitas vezes, ser desligado é o empurrão que faltava para você por em prática um antigo projeto seu. Entenda como uma situação que faz parte da vida e busque forças dentro de você para recomeçar”.

A life coach menciona ainda que “se precisar chorar, chore! Mas não se deixe abater ao ponto de se sentir desmotivada ou apática. O protagonista dessa história é você mesmo e tenha certeza da sua capacidade”, orienta.

Transformando em oportunidade

Para virar a chave, e seguir em frente, Sônia sugere que a pessoa mantenha uma rotina, faça exercícios, medite (ou faça orações), encontre um projeto desafiador (que pode ser um hobby como pintar, aprender a costurar, pedalar, entre outros); estude e faça uma lista de tudo o que você sabe fazer.

“Conheça seus pontos fortes e fracos. Liste suas habilidades e invista seu tempo e energia no que você é bom. Assim, encontrará seu caminho, mas deixe a porta aberta e as oportunidades virão”.

 

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