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Estelionatário é indiciado após causar prejuízo de R$ 860 mil na compra de gado em Paraíso

Foto – SSP-TO

A Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da Delegacia Especializada de Combate a Crimes Rurais e Abigeato (Deleagro), concluiu nesta sexta-feira, 16, às investigações relativas a um estelionatário que praticou golpes na compra de gado em Paraíso do Tocantins e região.

 

Conforme apontaram as investigações, o investigado de iniciais R.A.A, de 49 anos, veio do Estado de Goiás e procurou inicialmente profissionais locais conhecidos, principalmente zootecnistas e engenheiros agrônomos, manifestando a intenção de comprar cabeças de gado PO (puro de origem). Com isso, esses profissionais locais, em princípio de boa fé e sem desconfiar que se tratava de um golpe, apresentavam o pretenso comprador aos produtores, o que gerava uma maior credibilidade pela confiança já estabelecida com os profissionais locais.

 

Restou apurado ainda que também para dar uma aparência de legalidade à transação, o “golpista” apresentava um portfólio de credenciais bem elaborado, constando por exemplo, ser proprietário de uma grande fazenda em Goiás, circunstância que gerava uma sensação de segurança aos produtores, como se o pretenso comprador realmente tivesse condição de arcar com a compra do gado.

 

“Contudo, na investigação ficou constatado que essa fazenda já não era mais de propriedade do investigado há mais de dois anos e tudo não passava de artifício para iludir as vítimas”, ressaltou o delegado titular da Deleagro e responsável pelas investigações, Gustavo Henrique da Silva Andrade.

 

Além disso, na negociação propriamente dita, o investigado pagava uma entrada à vista em torno de 10% do valor total da transação e emitia cheques pós-datados. Entretanto, em todos os casos, os cheques emitidos não foram compensados por insuficiência de fundos, bem como alguns retornaram pelo motivo 35, a saber: “cheque fraudado”.

 

Os golpes aos produtores ultrapassam R$ 860 mil e, com a robustez das provas carreadas aos autos, não pairam dúvidas quanto à autoria e materialidade do crime de estelionato.

 

“Com a conclusão das investigações e levado o caso à apreciação da Justiça, espera-se a punição do autor, bem como a reparação dos prejuízos suportados pelos produtores. É bom frisar que a Dedeagro está à disposição de demais produtores que porventura sejam vítimas de golpes ou outros crimes relacionados à atividade rural”, destacou o delegado Gustavo Henrique.

Fonte- Dicom SSP-TO

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