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Estudante de medicina do TO morre de tromboembolismo pulmonar após passar um mês internada em hospital no GO

Samya Bucar tinha 22 anos – Foto – Divulgação

A estudante de medicina Samya Bucar, de 22 anos, morreu após passar um mês internada em Aparecida de Goiânia por conta de um tromboembolismo pulmonar.

O pai da jovem conta que ela chegou a ter sete paradas cardíacas no dia em que foi internada e que não tinha nenhuma doença ou fator de risco preexistente. Ela era de Guaraí (TO).

g1 entrou em contato com com o hospital onde a jovem estava internada, porém a unidade informou que a causa da morte da paciente será passada apenas para a família. O médico Wandervam Azevedo explica sobre o diagnóstico, as causas, a gravidade e o tratamento da doença que levou Samya a ser internada.

“É uma doença muito grave. É um coágulo que obstrui a artéria pulmonar. Em 25% dos casos ocorre morte súbita”, afirmou.

 

Samya Bucar tinha 22 anos e estava a um ano de se formar em medicina — Foto: Reprodução/Arquivo da família

Conforme o g1 to, a estudante foi enterrada nesta sexta-feira, 16, em Guaraí, norte do Tocantins.

O que pode causar a doença

Abaixo, veja as respostas para as principais perguntas referentes ao tromboembolismo pulmonar.

1. O que é tromboembolismo pulmonar?
2. Quais as causas da doença?
3. Quais são os sintomas iniciais?
4. A doença pode ser causada pela vacina contra Covid?
5. Qual a gravidade da doença?
6. Quais os tratamentos para o tromboembolismo pulmonar?

1. O que é tromboembolismo pulmonar?

 

O tromboembolismo é uma palavra que reúne dois conceitos, conforme explica o médico cardiologista Maurício Prudente. De acordo com ele, a palavra “trombo” significa coágulo, sangue coagulado. Já “embolia” é uma espécie de corpo estranho que se movimenta pelo sangue.

“Quando a gente junta os dois, a gente está dizendo que teve um coágulo que se movimentou para um lugar indesejado. Com isso, podemos ter embolia cerebral, embolia cardíaca, embolia pulmonar, embolia renal, embolia nos membros”, afirmou.

2. Quais as causas da doença?

 

Conforme o especialista, o tromboembolismo pulmonar, geralmente, é causado por coágulos procedentes dos membros inferiores, das pernas, que se deslocam pelas veias e vão até o pulmão, trajeto normal do sangue.

“Chegando no pulmão, se ele for de um tamanho expressivo, ele faz uma obstrução nas artérias que levam o sangue para ser oxigenado. Com isso, a consequência quase imediata é uma parada cardiorrespiratória”, explica.

Ainda conforme explica o cardiologista, o tromboembolismo pulmonar pode acometer pessoas com problemas vasculares, principalmente, varizes nos membros inferiores.

“Pessoa que está acamada por um tempo prolongado, um pós operatório de uma cirurgia ortopédica, por exemplo. E também em pessoas com predisposição a doenças que tendem a formar coágulos”, afirma.

3. Quais são os sintomas iniciais?

 

De acordo com o médico, os primeiros sintomas de uma pessoa com tromboembolismo pulmonar são a falta de ar, dores no peito, queda da pressão arterial e até desmaio.

“Ele pode ser discreto, crônico, agudo ou maciço. O importante nesse caso é que, com a iminência de qualquer desses sintomas, é preciso procurar rapidamente atendimento médico”, afirma.

4. A doença pode ser causada pela vacina contra Covid?

 

Ao ser questionado se o tromboembolismo pulmonar pode ser causado pela vacina contra Covid-19, o médico afirma que não existem evidências científicas que comprovem que a doença seja causada pelo imunizante.

“Acho muito pouco provável. Para a gente associar a doença à vacina, de alguma maneira, mesmo assim com baixa probabilidade, a pessoa teria que ter tomado o imunizante há no máximo 48 horas”, afirmou.

5. Qual a gravidade da doença?

 

Segundo o médico, um tromboembolismo pulmonar maciço é uma doença gravíssima que pode levar à morte.

6. Quais os tratamentos para o tromboembolismo pulmonar?

 

De acordo com o médico, o tratamento da doença é feito à base de anticoagulantes, remédios que fazem dissolver os coágulos. Sendo que em alguns casos é necessário usar um cateter para recanalizar o vaso que foi obstruído, explicou Prudente.

Fonte- G1 Goiás/Por Augusto Sobrinho e Millena Barbosa

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