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Estudo conclui que cozinhar em casa faz bem para a saúde mental

Foto: Conscious Design /Unsplash

Você já ouviu falar que cozinhar é também uma terapia? É verdade — e quem afirma é a ciência. Um estudo publicado no último dia 17 de março na revista Frontiers in Nutrition demonstra que preparar a própria comida em casa faz bem à saúde mental.

A pesquisa contou com 657 participantes, que fizeram um curso de sete semanas sobre culinária saudável promovido pelo chef britânico Jamie Oliver. Entre 2016 e 2018, uma cozinha móvel passou pelos campi de duas universidades australianas. Após esse período, cientistas da Universidade Edith Cowan, no mesmo país, analisaram os impactos do curso na vida das pessoas recrutadas.

Após seis meses do fim do curso, os participantes que fizeram as aulas perceberam uma mudança positiva significativa na saúde mental e física como um todo. “Melhorar a qualidade da dieta das pessoas pode ser uma estratégia preventiva para deter ou retardar o aumento da má saúde mental, [de] obesidade e outros distúrbios metabólicos da saúde”, explica, em nota, Joanna Rees, líder da pesquisa.

Contudo, a causa dessa mudança não foi por novos hábitos alimentares, pois os participantes que eram obesos ou estavam acima do peso e aqueles que não aderiram à dieta do curso apresentaram os mesmos resultados. “Isso sugere uma ligação entre a confiança e a satisfação em cozinhar e os benefícios para a saúde mental”, explica Rees.

Um outro aspecto analisado foi se houve alguma mudança na confiança entre homens e mulheres ao final do curso. De acordo com os resultados, os níveis de confiança e habilidades culinárias eram iguais. Antes das aulas, porém, a realidade era bem diferente: 77% das mulheres se diziam confiantes na cozinha contra apenas 23% dos homens.

Para além da melhora na saúde mental, o estudo também sugere que a maior confiança em cozinhar pode auxiliar nas relações dentro de casa, reduzindo o viés de gênero. “Isso, por sua vez, pode ajudar a superar algumas das barreiras apresentadas por não saber cozinhar, como aliviar as restrições de tempo que podem levar a refeições prontas com alto valor energético, mas baixo valor nutricional”, conclui Rees.

Fonte – Revista Galileu via Globo.com

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