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Estudo quer identificar a prevalência do HPV na Capital


Três Centros de Saúde da Comunidade (CSC) de Palmas participam do “Estudo de prevalência do Papilomavirus no Brasil: Pop-Brasil”, realizado pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre (RS), que tem o objetivo de estimar a prevalência do Papiloma vírus Humano (HPV) e identificar fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e regionais associados à ocorrência da doença. Na Capital, participam do estudo os CSCs Arno 41, Valéria Martins (Arse 122) e Laurídes Milhomem (Jardim Aureny III), que realizarão exames em mulheres e homens de 16 a 25 anos para detecção da doença durante o mês de junho.

No CSC Valéria Martins, por exemplo, haverá plantões nas quartas-feiras e sábados do mês de junho para realizar testes rápidos da doença. O atendimento nos sábados será das 8 às 12 horas e nas quartas das 18 às 21 horas.

De acordo com o coordenador da pesquisa em Palmas, enfermeiro Eriko Marvão, que também atua no CSC Valéria Martins, o exame é simples. “Para ambos os sexos será feita uma coleta oral através de um bochecho com enxaguante bucal, e ainda nos homens uma segunda coleta com uma escovinha que passa no escroto e pênis e nas mulheres a coleta é semelhante ao exame preventivo que elas são acostumadas a fazer todos os anos”, explica, lembrando que os exames não serão feitos em mulheres grávidas ou que já tenham sido tratadas de câncer no útero.

Todo o material coletado será encaminhado para um laboratório em São Paulo que fará a leitura genética do material. “O resultado sai em 60 dias e é sigiloso. O paciente receberá esse resultado via email, carta em sua residência ou ainda mensagem no celular”, garante.

No CSC Laurídes Milhomem (Jardim Aureny III) os plantões serão nos dias 22 e 27 das 18 às 22 horas, e a unidade oferecerá ainda outros testes rápidos para detecção de doenças sexualmente transmissíveis e avaliação odontológica. Já no CSC Arno 41 os exames serão feitos na unidade todas as terças e quartas a tarde e todas as quartas e quintas à noite.

O estudo recebe o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde e Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS). A pesquisa incluirá cerca de 7.500 pessoas, com idades entre 16 e 25 anos, de ambos os sexos, em todas as capitais.

Doença e prevenção

O HPV é um vírus que se instala na pele ou em mucosas e afeta tanto homens quanto mulheres. Atualmente, a infecção por HPV é a doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente, ou seja, é a principal infecção viral transmitida pelo sexo.

Na maioria dos casos, o HPV não apresenta sintomas e é eliminado pelo organismo espontaneamente. Entretanto, entre os mais de 100 tipos diferentes de HPV existentes, 30 a 40 podem afetar as áreas genitais de ambos os sexos, provocando diversas doenças, como as verrugas genitais, os cânceres de colo do útero, vagina, vulva, ânus e pênis. Além disso, provocam tumores na parte interna da boca e na garganta (orofaringe), tanto benignos (como a papilomatose respiratória recorrente) quanto malignos, como os cânceres de orofaringe. O HPV é causador do câncer de colo de útero, terceiro tumor que mais mata mulheres no Brasil. A cada ano, 15 mil novos casos são identificados e 5 mil mulheres morrem.

O HPV não tem cura, pode ser controlado, mas ainda não há cura para a doença. Seus principais sintomas são: verrugas não dolorosas (isoladas ou agrupadas) nos órgãos genitais (pênis, ânus, vagina, vulva), boca e garganta; irritação/coceira com lesões. As manifestações através de verrugas podem levar dias ou anos e são mais comuns em pessoas com imunidade baixa e gestantes.

Uma forma de prevenção adotada no Brasil é a vacinação contra o HPV destinada a meninas entre 9 a 13 anos e meninos de 12 e 13 anos.

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