Ícone do site Gazeta do Cerrado

Ex-marido é réu: Justiça decide adiantar júri pelo feminicídio da professora Elisabeth

A professora Elisabeth era muito querida na comunidade e foi assassinada em Pequizeiro em 2021 – Foto – Divulgação

Acontece nesta quarta-feira, 24, o julgamento no Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Guaraí pelo feminicídio da professora Elisabeth Figueiredo, aos 61 anos,  em 2021. O crime aconteceu em Pequizeiro e o principal suspeito é o ex-companheiro, Washington Luiz Santana de Oliveira. (Leia mais sobre o caso no final da matéria).

Segundo a Delegacia de Polícia de Colmeia, no dia 7 de junho de 2021, a vítima foi encontrada com lesões na cabeça. A princípio, o companheiro, com 49 anos na época, chegou a testemunhar que a vítima teria cometido suicídio, descordando dos depoimentos dos vizinhos que ouviram disparos de arma de fogo na residência, logo após uma discussão entre o casal. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Roberto Assis, o homem fugiu logo após cometer o crime. Ele foi capturado e levado para 45º DP de Colmeia onde foi autuado em flagrante por feminicídio.

“A senhora era muito conhecida e querida aqui em Pequizeiro. A brevidade na elucidação do caso realizada em apoio da 45ª DP de Colmeia, foi uma importante resposta à família e à população do município que se abalou com o ocorrido. O homem poderá responder pelo crime de feminicídio, cuja pena máxima é até 30 anos de prisão”, declarou o delegado Roberto Assis.

Após os procedimentos legais, o homem aguarda julgamento na Casa de Prisão Provisória de Guaraí.

Publicidade

Vítima era professora adorada pela comunidade escolar em Pequizeiro

Caminhada pediu justiça pela morte da professora – Foto – Divulgação

Quando o crime completou um ano, amigos, familiares e ex-alunos da professora Elisabeth Figueiredo fizeram protesto na cidade, pedindo justiça com mensagens de combate aos casos de feminicídio. Nos cartazes tinham mensagens como “Tia Beth, as lágrimas expressam a grande saudade” e “enquanto existir lembrança a saudade é eterna”.

Professora aposentada, durante a sua trajetória profissional, foi diretora de um colégio estadual em Pequizeiro. Na época do crime, a prefeitura da cidade decretou três dias de luto.

Por Pedro Thiago Macêdo

Leia mais sobre o caso

Mais um feminicídio: professora é encontrada morta com tiro na cabeça; companheiro é preso como principal suspeito | Gazeta do Cerrado

Um ano depois: Dor, revolta e toda uma cidade marcada pelo feminicídio cruel da professora Elizabeth | Gazeta do Cerrado

Feminicídio: Ex-companheiro acusado de assassinar professora vai à júri popular no Tocantins | Gazeta do Cerrado

Jornalista escreve carta aberta para tia vítima de feminicídio no TO e pede que mulheres denunciem agressores | Gazeta do Cerrado

Sair da versão mobile