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Ex-prefeito e ex-secretários são indiciados por crimes de responsabilidade, peculato e até falsidade ideológica


Divulgação: Secretaria da Segurança Pública


Vania Machado/Governo do Tocantins

Pelos crimes de responsabilidade, peculato, associação criminosa e falsidade ideológica, cometidos entre os anos de 2017 e 2020, a Polícia Civil do Tocantins indiciou o ex-prefeito de Goiatins, dois ex-secretários municipais e o esposo de uma ex-secretária, que estavam à frente da gestão municipal no referido período.

As investigações foram conduzidas pelo delegado Luís Gonzaga, titular da 35ª Delegacia de Polícia de Goiatins. Conforme apurado, o esposo da então secretária de Desporto e Lazer, exerceu ostensivamente a função de titular da pasta, mesmo a atribuição sendo de fato e de direito de sua companheira. Fato que era de conhecimento do prefeito.
“O ex-prefeito nomeou a investigada para fazer parte do secretariado do município, mas esta jamais exerceu o cargo, tratando-se de uma secretária ‘fantasma’ da pasta do Desporto e Lazer do município”, explica o delegado.
Até mesmo em comunicações oficiais, ele era citado como secretário. “Exemplo disso é que, o então secretário de Administração, ao responder um ofício da Câmara Municipal que solicitou informações sobre a relação nominal dos secretários, relacionou o nome do esposo da secretária de Desporto e Lazer como titular da pasta, materializando referida irregularidade”, exemplifica.
As testemunhas ouvidas no inquérito relataram que o investigado sempre se apresentava como secretário de Desporto e Lazer, especialmente em eventos esportivos. “Restou evidenciado que a secretária tinha pleno conhecimento de tudo, e inclusive recebia o salário mensalmente em sua conta bancária, que era movimentada por ela. Vale ressaltar que a indiciada era servidora pública municipal comissionada como diarista na Secretaria Municipal de Saúde, sendo nomeada para ser secretária, porque seu esposo estava impedido de trabalhar por problemas com o INSS”, explica.
Os autos foram encaminhados ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para as medidas cabíveis.
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