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Exclusivo: Eduardo Siqueira defende pai após dia tenso de Operação sobre pontes: “Ele não tem fita métrica para medir”

Brener Nunes – Gazeta do Cerrado
Em entrevista exclusiva à Gazeta do Cerrado, o deputado estadual e filho do ex-governador Siqueira Campos, Eduardo Siqueira Campos (DEM), se pronunciou sobre o suposto envolvimento de seu pai na “Operação Pontes de Papel” e se isso pode prejudicar a candidatura de Siqueira ao Senado, ( confirmada por ele mesmo na última segunda-feira, 05, conforme a Gazeta mostrou). “O que pode prejudicar qualquer cidadão é deixar de cumprir suas obrigações. Meu pai é um homem de posição, de palavra, é reconhecido, sábio, e desceu a rampa do Palácio, não tem uma condenação e assim vai permanecer”, afirmou o parlamentar.
Eduardo explica que como governador, Siqueira foi apenas o contratante do serviço, e não é o ordenador de suas pastas. “Ele não tem fita métrica para medir, não tem como contar quantos sacos de cimento foram usados, quantas barras de ferro, isso é fácil de compreender”, diz.
“Essa Ponte que tá aqui sobre o Lago de Palmas, ele construiu, a ponte de Lageado ele terminou, a da Barra do Ouro ele terminou, as pontes que isolam Paranã, ele as construiu”, citou algumas das obras realizadas por seu pai durante seus mandatos como gestor do Estado.
À Gazeta, o deputado reafirmou: “meu pai cumpriu seu dever cível, feio seria se ele tivesse evocado o silêncio, que ele tem direito, não comparecer, não responder, ficar calado. Nós temos tudo a declarar e nada a esconder. Eu acho que isso só engrandece a pessoa dele”, pontua.
“Caótico são aqueles que fogem, se escondem, que não dão depoimento”, finaliza.
*Entenda*
O ex-governador Siqueira Campos e o atual gestor do Estado, Marcelo Miranda, prestaram depoimento durante quase todo o dia, na superintendência da Polícia Federal sobre a Operação Pontes de Papel. A PF não confirmou se os dois e o pai de Marcelo são alvos da investigação.
A operação contou com a participação de mais de 160 policiais que cumpriram 59 mandados judiciais nos estados do Tocantins, Goiás, Bahia, Mato Grosso e Distrito Federal . 
No Estado, foram cumpridos mandados em Palmas, Porto Nacional e Guaraí. Estima-se que mais de R$ 460 milhões tenha sido desviados das verbas do Estado por uma organização criminosa que atuava dentro do Governo.
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