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EXCLUSIVO GAZETA: Angústia e espera! Mais de mil pessoas sumiram entre 2022 e 2023 no Tocantins

Polícia investiga desaparecimentos no TO – Foto – SSP-TO

Apesar do Tocantins ser um dos Estados mais novos do Brasil, o número de desaparecimentos já surpreende e com alguns casos que já duram há mais de anos, como emblemático caso de Laura Vitória, que desapareceu em janeiro de 2016, e ainda intriga a sociedade e a polícia.

Um levantamento feito nesta quinta-feira, feira, 7, pela Gazeta do Cerrado do Cerrado, mostra que mais de mil pessoas desapareceram entre 1º de janeiro de 2022 a 3 de dezembro de 2023. Os dados são da plataforma da Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO) e leva em conta o último dia em que houve atualização, no caso, 3/12/2023.

Os dados mostram que ocorreram pelo menos 508 desaparecimentos de janeiro até o último dia 3 de dezembro. Os municípios onde mais houveram casos foram Palmas (198), Araguaína (80), Gurupi (34), Porto Nacional (29) e Paraíso do Tocantins (27).

Do total de 508, conforme a SSP-TO, 288 pessoas foram encontradas até o momento.

Veja aqui por cidade

Em relação a 2022 no mesmo período, houve a redução de apenas dois desaparecimentos. Naquele ano, foram cerca de 510 e deste total, 298 pessoas foram localizadas.

As cidades onde mais ocorreram os desaparecimentos, novamente são, Palmas (178), Araguaína (79), Porto Nacional (32), Gurupi (22) e Paraíso do Tocantins (22).

Leia também – Casos de desaparecimentos sobem 25% no Tocantins , aponta levantamento | Gazeta do Cerrado

O trabalho da Polícia Civil

Mas diante de tanto desaparecimentos, como é feito o trabalho da Polícia Civil para encontrar as pessoas?

Nossa equipe falou com o delegado Luciano Barbosa Cruz, titular da Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos (POLINTER – Palmas) e ele explicou que a Lei Federal 13.812/2019 define como desaparecido toda ser humano, cujo paradeiro é desconhecido, por tanto, quando ocorre, é preciso que o registro seja feito imediatamente na Polícia Civil.

“A Lei Federal 13.812/2019, que instituiu a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, define pessoa desaparecida como todo ser humano, cujo paradeiro é desconhecido. Portanto, quando ocorre o desaparecimento de uma pessoa, esse fato deve ser levado imediatamente ao conhecimento da Polícia Civil, através de um registro formal de um boletim de ocorrência, que pode ser feito em quaisquer das unidades da Polícia Civil do Estado do Tocantins. Registrado o BO, o delegado de polícia vai analisar o caso e vai pedir uma ordem de emissão para que sua equipe policial inicie as buscas imediatamente” explicou o delegado Luciano.

O titular da Polinter explicou ainda que em casos na qual a vítima reaparece e está bem, é preciso que a polícia também seja avisada.

“Caso a pessoa reapareça de forma espontânea e esteja bem, essa situação deve ser informada à delegacia e o comunicado do boletim de ocorrência de desaparecimento deve comparecer à unidade policial para registrar um novo boletim de ocorrência de localização dessa pessoa que estava desaparecida. Caso a pessoa não reapareça, todas as diligências serão realizadas até que ela – pessoa- seja localizada”.

Por fim o delegado ressaltou que, caso a vítima seja localizada, o caso é encerrado. Se constatado que o desaparecimento foi decorrente de algum topo de crime, a ocorrência é encaminhada para uma delegacia específica, que investiga o delito do qual a pessoa possa ter sido vítima.

“A título de conhecimento, podemos citar algumas das causas do desaparecimento de pessoas. Entre elas estão o desaparecimento voluntário, o desaparecimento involuntário, o desaparecimento criminoso e o desaparecimento decorrente de conflitos intrafamiliares. Sendo a vítima localizada e estando bem, o caso será dado por encerrado. Caso seja constatado que o desaparecimento seja decorrente de algum crime, a ocorrência será encaminhada para a delegacia com atribuição específica para investigar o delito de que essa pessoa pode ter sido vítima”, concluiu.

Reportagem Gazeta do Cerrado

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