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EXCLUSIVO GAZETA: Com acusado em liberdade, família de mulher assassinada na frente dos filhos na Aureny III cobra justiça: “foi muito cruel”

José matou a esposa na cama no casal e na frente dos filhos - Foto - Divulgação

José Rodrigues Lopes é acusado de matar a esposa Priscila Lopres Ferreira na frente dos filhos – Foto – Divulgação

Lucas Eurilio, Gazeta do Cerrado

A família de Priscila Lopes Ferreira, de 32 anos, que teve a vida tirada de forma cruel na frente dos filhos de 2 e 3 anos, cobrou nesta quarta-feira, 15, respostas da polícia e Justiça para José Rodrigues Lopes. Ele que nem chegou a ser preso, se apresentou com seu advogado e está em liberdade. Familiares estão com medo do que pode acontecer.

Priscila que foi atingida por pelo menos oito facadas que acertaram as mãos, um dos olhos e as costas, foi assassinada por José que após cometer o crime, ficou cerca de 6 horas na residência do casal com os filhos. A vítima foi morta e teve o corpo deixado em cima da cama deles.

Priscila tinha 32 anos e deixa dois filhos — Foto – Reprodução/Redes sociais

O assassinato foi registrado no último dia 11, no Jardim Aureny III, região sul de Palmas e conforme o perito Juliano Almeida, as marcas das feridas em Priscila, mostram que ela tentou se defender das facadas, mas infelizmente não conseguiu escapar das mãos de José.

Segundo a polícia, após cometer o crime José deixou os filhos na casa de um conhecido e fugiu.

Familiares de Priscila conversaram com a nossa equipe e fizeram um desabafo onde pedem que o criminoso não fique impune.

“A gente está em estado de choque sabe, indignada com a morte da minha prima e a justiça nada. Depois que acontece, que a gente fica sabendo das coisas. Tem relatos de colegas de que ela estava desabafando que ele batia nela direto e que nessa última semana, tinha passado por muita tortura. Ela sofreu na mão dele, apanhou na segunda, na terça, na quarta teve uma briga muito feia e ela falou que queria se separar, que ia sair de casa. Ele não aceitou o fim o relacionamento e matou ela na frente das crianças. Ele matou ela na casa com as crianças, não teve um pingo de arrependimento”, contou.

A família disse ainda que depois de sair do flagrante, José foi aparecer bem depois e já com advogado.

“Ele saiu do flagrante e foi aparecer já depois com advogado e tá solto. cadê a justiça? A justiça tá do lado de quem sorri e a família que chora, que perdeu ela e que nada vai trazer volta. As crianças estão com psicológico abalado, todos traumatizados. A gente quer justiça, queremos que a justiça seja feita”.

Parentes contaram também que José chegou até fazer backup das conversas do celular de Priscila.

“Por causa de ciúmes nada. Ele fez até backup no celular dela. Apagou todas as conversas, todas as mensagens, então assim, provavelmente pegou o celular dela, viu que ela tava desabafando com alguém que ia se separar, que ia embora com alguma colega. Ele apagou tudo. Acreditamos que ele tava maquinando fazer isso e agora tá solto”, disse.

Histórico de agressão

Um dos familiares de Priscila contou ainda à nossa equipe que o acusado de matar Priscila já tinha histórico de violência contra a mulher.

“Ele não é réu primário. Uma ex dele que a gente nem sabia e agora que ficamos sabendo que ele também batia nela. Nós queremos justiça. Foi muito cruel a morte dela a sangue frio. Ela morta e as crianças lá dentro e ele sem um pingo de arrependimento. Tinha saído que ele tinha se matado, ele não se matou não, porque a morte dói. Ele teve coragem de tirar a vida da filha dos outros, bater na filha dos outros, mas tirar a própria vida, ele num teve coragem não”, desabafou a prima de Priscila.

Conforme o boletim de ocorrência o qual a Gazeta do Cerrado teve acesso mostra que José já foi denunciado em 2013 por agredir a também ex, em Monte do Carmo, região central do Estado.

Um trecho do documento diz que ele agrediu a ex-namorada após vê-la conversando com um primo dela. (Veja abaixo). 

O que diz a Secretaria de Segurança Pública sobre o caso

Nossa equipe entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-TO), que em nota, afirmou que o suspeito não foi preso porque não era caso de flagrante delito ( já que se apresentou dois dias depois da ocorrência) nem havia  mandado de prisão em desfavor dele, circunstâncias que, conforme a Legislação Brasileira, possibilitam a prisão.

Desta forma, a pasta reforça que seguindo o trâmite legal, ele foi ouvido e liberado.

A SSP ainda destacou que as equipes da  Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) continuam envidando todos os esforços para que as investigações sejam concluídas o mais breve possível e que uma resposta seja dada à família e à sociedade.

E ainda afirmou que qualquer outra informação que não prejudique o andamento das investigações serão passadas em momento oportuno.

A Gazeta do Cerrado tenta contato ainda com a defesa do acusado e ressaltamos que o espaço está aberto caso haja interesse do citado em se posicionar.

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