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EXCLUSIVO GAZETA: Projeto de Inclusão Produtiva no Jalapão, Bico do Papagaio e Serras Gerais, na ordem de R$ 5,7 mi, corre risco de não ser implementado

Conteúdo Exclusivo Gazeta 


Em 2022 o Fundo Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) selecionou por meio de Edital organizações da sociedade civil para executar projetos sociais em várias regiões do país.
O Fundo tem por objetivo apoiar investimentos de caráter social, nas áreas de geração de emprego e renda, saúde, educação, meio ambiente e/ou vinculadas ao desenvolvimento regional e social.

Para o estado do Tocantins foi o projeto de Inclusão Produtiva de Arranjos Produtivos Prioritários com foco em atividades econômicas que contribuem para efetivar a inclusão produtiva de populações de baixa renda em pelo menos três territórios no Estado Tocantins. Foram mapeados as seguintes possibilidades: Jalapão, Cantão, Serras Gerais e Bico do Papagaio.

 

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Os territórios citados foram selecionados considerando as comunidades quilombolas entre outros grupos sociais de baixa renda. No entanto, foi considerando também o potencial para o desenvolvimento econômico de várias atividades. Ações como o fortalecimento de cadeias produtivas, a promoção do empreendedorismo e o estímulo a negócios locais como bioeconomia, economia criativa, turismo, entre outras atividades de desenvolvimento e geração de renda fazem parte do escopo de projetos que podem receber recursos financeiros, além de apoio técnico operacional.

Os projetos serão selecionados por um comitê gestor após serem apresentados pelas comunidades por meio de uma chamada pública que será realizada pelo Instituto Meio, organização selecionada pelo BNDES para a execução do projeto. O instituto conta com vasta experiência em ações de sustentabilidade em projetos sociais, econômicos, culturais e ambientais. Já apoiou mais de 60 mil pessoas em 420 comunidades em todo território nacional. A sua atuação compreende projetos de desenvolvimento local em diversas áreas, como turismo de base comunitária, agricultura familiar, produção de alimentos, artesanato, reciclagem, empreendedorismo, dentre outros. 

Os investimentos na ordem de R$ 5,7 milhões deverão ser aplicados em ações de mobilização, capacitação, assistência técnica e investimentos diretos nos projetos selecionados das cadeias produtivas locais.  A metade R$ 2,85 milhões em recursos do BNDES Fundo Socioambiental e a outra metade através de captações com instituições privadas ou públicas. Duas empresas de abrangência nacional, mas que tem sede no Tocantins, já sinalizaram apoiar o projeto com recursos na ordem de R$ 1 milhão. No entanto, para efetivar o projeto ainda é necessária uma contrapartida local de R$ 1,8 milhões.

Qualquer empresa, pessoal física, organizações não governamentais, governo estadual e/ou municipais podem aportar recursos. Também poderá ser investido recursos de emendas parlamentares. O presidente do Instituto Meio Lars Diederichesenesclarece: “ o projeto já foi apresentado para várias empresas locais como do agronegócio, mineração, logística entre outros setores. Existe uma equipe do Governo do Estado mobilizada para apoiar a captação de recursos locais. No entanto, ainda segundo o presidente as comunidades correm o risco de não serem beneficiadas com o projeto, caso não sejam captados todos os recursos necessários.

Expectativas para a execução desse projeto já foram criadas pelas comunidades. Seu José Batista dos Santos, conhecido como “Seu Zé Minininho da comunidade Fazenda Nova no Jalapão, esclarece que a importância é muito grande : “… há 17 anos a gente já trabalha com esses produtos naturais como…a gente começou com a farinha de jatobá. Primeiro passo a gente teve a participação da ONG Onça D’água que criou a Rede Jalapão. A gente vem desenvolvendo vários tipos de produtos de alimento e agora a gente tá precisando de mais recursos para desenvolver mais e a modificação dos produtos”.

O prefeito de Mateiros e Presidente do Consórcio do Jalapão Pastor João Martins também tem expectativas positivas e considera que o projeto poderá contribuir de forma significativa para a geração de renda das comunidades quilombolas. Esclarece “esse tipo de projeto é muito bem vindo para nossa região e fortalece a capacidade de geração de renda local”.

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