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Exonerações : Sindicato cobra que não haja recondução nos cargos ; medida também gera críticas

(Divulgação/SISEPE)

Maria José Cotrim

A exoneração de todos os cargos de assessores especiais no Executivo atinge cerca de 700 servidores, segundo previsão do Sindicato dos Servidores Públicos, o Sisepe. Os salários dos exonerados variam de R$ 1 mil a R$ 4.200.

O presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro,  afirmou á Gazeta do Cerrado que a medida que o governador Mauro Carlesse adotou é cobrada há anos pelo Sindicato. “Pela primeira vez vejo um governador ter coragem de exonerar e anunciar ainda o corte de 40% nos comissionados. O Sisepe apoia esta postura mas ao mesmo tempo já alertamos: que não faça a recondução do pessoal da mesma forma. Que realmente esteja fazendo enxugamento”, frisou.

Sobre o corte de 30% nos contratos, o presidente disse que com isso o Estado manterá o equilíbrio das contas. Ele cobrou ainda a realização de audiência com o governador para tratar dos benefícios com as categorias dos servidores efetivos. “Para sentar na mesa e discutir o direito dos servidores”, pontuou.

Cleiton defende que o governador mantenha austeridade mas que não reconduza os cargos que não precisa. Ele sugeriu ainda que os servidores cedidos aos demais poderes com ônus para o Estado retornem. “Que seja com ônus para o requisitante, estão trabalhando para outros e onerando a folha”, disse.

O presidente do Sindicato sugeriu mais cortes no custeio inclusive com alugueis de veículos e imóveis. “A Corregedoria da Secad foi transferida para prédio inadequado por apenas conveniência política”, disse ao sugerir que mais órgãos funcionem no mesmo prédio.

Contrários

Por outro lado, nas redes sociais várias pessoas se manifestaram contra a medida de exoneração. Até ex-secretários, como Adão Francisco, por exemplo, que comandou a Seduc criticou: “Cortar os cargos comissionados da estrutura administrativa do Tocantins, onde não há emprego, é o cúmulo da incapacidade de ser governo. Quer medidas de impacto? Modernização da fiscalização tributária, fomento aos APLs e á economia popular  e controle salarial dos altos cargos”, pontuou.

Ele questionou ainda a discussão do aumento do teto salarial de R$ 24 para R$ 30 mil. “Trabalhador desempregado é crise do comércio e de toda a cadeia produtiva. Não aprenderam esta regra básica?”, ainda questionou.

O ex-Superintendente de Juventude, Ricardo Ribeirinha também criticou nas redes:

A terrível guerra do diário oficial se tornou algo desumano e desleal com milhares de famílias tocantinenses que não são envolvidos com políticos A ou B no Tocantins. São trabalhadores competentes, pais, mães, cidadãos honestos que buscam apenas o sustento de suas famílias. Pagam escola dos seus filhos, aluguéis de suas casas, faculdade e com o seu trabalho levam o precioso alimento a suas mesas. Deixo a minha solidariedade e observação aos líderes políticos A – B – C ou D muitos, mas muitos cargos comissionados, contratos, assessores, técnicos, enfermeiros, professores, guardas de escolas, merendeiras são homens e mulheres honrados deste estado e merecem respeito seja do político A ou B .. que a guerra alucina em busca do poder, não use o falso discurso de austeridade destruindo famílias e lares que simplesmente buscam seu próprio sustento.

Desculpe o desabafo mas no meio deste balaio de gato estão punindo muitos trabalhadores humildes, honestos e que cumprem o seu papel a frente das suas funções. E afirmo, não são militantes políticos nem de A ou mesmo de B .. e resultado, estão sendo punidos diante um jogo violento de poderosos da política do Tocantins.

Respeito a todos os líderes, mas tirem os pais de família desta terrível batalha de poder, pois está em jogo o sustento das vossas famílias !

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