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Fake news recentes tentam colocar eficácia da Coronavac em xeque

Vacina Influenza - foto - Semus Palmas

Quando o governo federal, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, começou a mudar de postura em relação à vacinação, a desinformação sobre imunizantes chegou, inclusive, a arrefecer. Isso durou pouco tempo. Na última semana (e dias anteriores), presenciamos novos ataques a vacinas, principalmente, à Coronavac.

A primeira das informações erradas apontou para um suposto relatório de alerta ao Brasil, o qual afirmava que a Coronavac não poderia controlar a pandemia. Na realidade, o que foi chamado de relatório consiste nas aspas de uma entrevista a um tabloide britânico. Além disso, a matéria fornecia dados incorretos sobre eficácia da vacina em testes.

Não demorou muito para aparecer uma notícia falsa que apontava que o governador de São Paulo, João Doria, havia optado por tomar o fármaco da Pfizer. A informação também não procedia. Doria tomou a Coronavac, como prova a própria carteira de vacinação dele.

Já nesta semana, uma notícia que apontava que a UTI do Hospital Sírio-Libanês (em São Paulo) estaria lotada de pacientes vacinados contra a Covid-19 começou a ser utilizada como “prova de que a vacina não imuniza”. Além de, em algumas versões, a fonte da informação estar errada, o próprio hospital negou essa hospitalização em massa, e dados sobre a internação de vacinados provam o contrário do que foi apontado.

As fake news sobre a vacina não pararam por aí. Ainda nesta semana, uma mensagem apontava que um teste de anticorpos após a segunda dose provaria que a Coronavac não tem eficácia. A informação também é falsa. Testes do tipo não indicam, necessariamente, se a pessoa está imunizada ou não.

Para terminar, uma tese bizarra que apontava que vacinados com a Coronavac passariam a ter um efeito magnético de “grudar moedas no braço”também circulou na web. Não é preciso nem dizer que a balela não só não fazia sentido e que tudo não passava de um truque barato.

Essa enxurrada de ataques contra a Coronavac não é algo do acaso. Na realidade, contestar a vacina em questão significa atacar três dos principais alvos prediletos de bolsonaristas: 1) o governo estadual de São Paulo, comandado por João Doria; 2) a China e o “comunismo” do país asiático; e 3) os imunizantes em geral, fundamental escopo de críticas de movimentos conspiracionistas antivacinas.

A respeito deste tipo de fake news, temos que fazer o mesmo de sempre: 1) não dar ouvidos a informações vindas de fontes não confiáveis; 2) checar o conteúdo recebido em redes sociais; e 3) confiar na ciência. Neste sentido, a ciência atesta: a vacina é o caminho para acabar com a pandemia, e a Coronavac cumpre o seu papel de proteção à população, assim como outros fármacos aprovados pelas autoridades sanitárias.

 

 Fonte: Metrópoles
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