Ícone do site Gazeta do Cerrado

Falta de pelo menos 30 remédios e testes rápidos: UPA tem situação que preocupa autoridades e população

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) encaminhou, na quinta-feira, 6, recomendação à secretária de Saúde de Palmas, recomendando que seja sanada uma série de deficiências no atendimento prestado na UPA Sul, referente principalmente ao tratamento da Covid-19.

A recomendação é fundamentada em informações prestadas por profissionais de saúde lotados na unidade e por representações feitas à 19ª Promotoria de Justiça da Capital.

Segundo as informações dos profissionais de saúde, encontram-se em falta diversos medicamentos que precisam ter seu estoque regularizado, sendo eles: Ranitidina, Complexo B, Dramim, Hidralazina, medicamentos para uso em paradas cardiorrespiratórias, Dipirona, Paracetamol, Azitromicina, Ivermectina, Hidroxicloroquina, Alopurinol, Amitriptilina, Fenobarbital, Amoxilina, Permetrina, Doxiciclina, Doxasozina, Cinarizina, Miconazol, Levomepromazina, Clomipramina, Fenitoína, Bromazepam, Biperideno, Budesonida, Dexametasona, Carvedol, Metoprolol, Dexametasona, Metildopa, Levotiroxicina, Gliclazida e antibióticos injetáveis utilizados em pacientes graves de Covid-19. A recomendação diz que os medicamentos sejam adquiridos em conformidade com a demanda local, para que não ocorra um rápido desabastecimento.

Também estariam em falta testes rápidos para Covid-19, inviabilizando a tomada decisões imediatas pelos profissionais da saúde e levando os pacientes a serem orientados a retornarem para suas casas sem conclusão de diagnóstico.

Sobre esse ponto, a Promotoria de Justiça também recomenda que os testes sejam disponibilizados de forma urgente e na quantidade adequada para a demanda local.

Diversas representações encaminhadas à 19ª Promotoria de Justiça da Capital relatam irregularidades nas escalas de plantões, com ausência de médicos e enfermeiros. Também há relatos de que médicos sem experiência para proceder a intubação de pacientes estão atuando na unidade.

Quanto a isso, é recomendada a contratação adicional de profissionais e a oferta de capacitação para o procedimento de intubação.

Por fim, o promotor de Justiça recomenda à Secretaria Municipal de Saúde que seja providenciada a pronta internação de pacientes com indicação médica para leitos de UTI, pois há relatos sobre pacientes que se permanecem na UPA, inclusive sem alimentação intravenosa, enquanto precisam de leito de terapia intensiva.

A recomendação é assinada pelo promotor de Justiça Thiago Ribeiro. A partir do recebimento do documento, a gestão tem prazo de cinco dias para informar as providências adotadas.

Fonte: Ascom MPTO
Foto: Cassiano Rolim

Sair da versão mobile