Maria José Cotrim- Jornalista e editora-Chefe da Gazeta do Cerrado
Faltam exatamente 30 dias para o dia das eleições. Desta vez está em jogo um mandato de quatro anos num momento decisivo da história do Tocantins. Os candidatos que estão a frente da disputa devem começar a tirar as cartas da manga, cada um dentro de suas estratégias. As campanhas começam a sair do aquecimento e ganham corpo com os diferenciais explorados por cada um.
Agora é a hora de saber quem continuará crescendo, quem manterá os companheiros e principalmente: quem vai errar menos e conseguirá ganhar a simpatia e pessimismo dos desiludidos da política.
Á frente de todas as pesquisas divulgadas até o momento, o governador Mauro Carlesse se dedicou até agora ao contato direto com líderes municipais que fazem uma verdadeira romaria no seu escritório político. Muitos deles querem ver de perto o homem que fala simples mas que promete abrir as Portas do Palácio Araguaia para todos os tocantinenses. Para quem achava que o barco já estava cheio demais se enganou: as adesões aumentaram desde o início da campanha e até o presidente da Associação Tocantinense de Municípios, prefeito de Pedro Afonso, Jairo Mariano declarou apoio. Sem falar no Manoel Queiroz que desistiu de tentar voltar á Assembleia para ser um dos coordenadores da campanha.
Carlesse tem também ido a várias cidades com destaque para Araguaína onde como mostram as fotos fez encontro lotado de populares. O discurso dele tem sido fazer um apelo para que os líderes trabalhem para que o grupo leve a disputa já no primeiro turno. Nos seus programas na TV ele tem defendido com unhas e dentes sua atual gestão e pedindo tempo para fazer mais.
A linha de campanha de Carlesse tem sido manter o discurso da estabilidade, da união pelo Estado e do Municipalismo. Quem acha que o clima no grupo é de “já ganhou” está enganado pois os articuladores políticos estão atentos ás movimentações e áquele velho ditado: “O já ganhou é primo primeiro do Já perdeu”.
Do outro lado está Carlos Amastha que se dedica também no corpo a corpo pelos municípios. Com seu jeito irreverente tem causado nos municípios menores onde muitos populares têm a curiosidade de conhecê-lo. Se Carlesse faz reuniões e comícios lotados, Amastha também não fica atrás, com destaque para comício em Sítio Novo onde o candidato Jair Farias conseguiu mobilizar milhares em evento da coligação. Um time de ex-prefeitos, ex-vereadores e líderes populares também chegaram á campanha de Amastha na última semana.
Nos programas de TV Amastha tem explorado os pontos positivos de sua gestão em Palmas e comparado em alguns aspectos com o Estado tanto na Saúde como na Educação. A Coligação de Carlesse até tentou suspender um vídeo crítico da equipe de Amastha porém não obteve êxito. Coube ao vice-governador Wanderlei Barbosa rebater a comparação feita entre a Saúde do Estado e do Município quando culpou inclusive o município por ajudar a superlotar o HGP.
A veia crítica de Amastha nos palanques também tem chamado atenção. Em Gurupi, terra de Carlesse, ele acusou descaso e abandono com a cidade e prometeu pagar a dívida do Estado com a prefeitura. O fato é que a candidatura ganhou mais musculatura e os aliados dele têm apostado no discurso da virada inspirados na histórica eleição de 2012 quando ele saiu de 1% e venceu o pleito sem muitos apoios.
Nas redes, o Pg40 da coligação tem sido explorado diariamente por cada ponto e área com destaque para a proposta de criar 10 governadorias para melhorar a distribuição dos serviços e políticas.
Marlon correndo por fora
Foi visível nos últimos dias uma estagnada interna na campanha do candidato Marlon Reis do Rede e também uma pressão por parte de alguns proporcionais por estrutura. Procurado pela Gazeta ele deixou claro: sua campanha não tem proporções financeiras e sim voluntária e com foco nas propostas. Elle voltou a utilizar as redes com mais frequência e tem recebido apoios importantes em alguns municípios. Até o prefeito de Aguiarnópolis se juntou ao projeto e é um dos coordenadores da campanha.
Marlon porém não parou com as visitas e idas a locais populares como as feiras e o Parque Cesamar. Agora ele fará uma agenda no Bico do papagaio para focar no contato popular e reuniões. Marlon não se apega a pesquisas e já disse que a verdadeira é somente nas urnas no dia das eleições.
Simoni e Bernadete
Os candidatos César Simoni e Bernadete Aparecida nao estão como figurantes no processo. Mesmo sem a estrutura tradicional de campanha do ponto de vista financeiro, ambos apostam nas redes e estão participando dos debates, sabatinas e fazendo suas defesas para o Tocantins.
Bernadete recebeu inclusive a candidata á vice-presidente do seu partido, Sonia Guajajara esta semana em Palmas que reforçou a defesa das mulheres e pautas ligadas a área social.