As investigações sobre uma família encontrada morta na zona rural de Paraíso do Tocantins, região central do Estado, em setembro do ano passado foram concluídas pela Polícia Civil.
Segundo o inquérito, o filho Márcio Gonçalves de Souza, de 36 anos, matou a mãe com um golpe de facão no pescoço, depois matou o pai e colocou fogo na casa onde eles moravam antes de cometer suicídio.
O resultado das investigações foram apresentadas nesta quara-feira, 20 durante uma coletiva de imprensa.
O crime aconteceu na madrugada do dia 21 para o dia 22 de setembro e a polícia encontrou o corpo de Ivani Ribeiro dos Santos no quintal da casa com um corte na garganta.
Em seguida, o Márcio e o pai Acácio Gonçalves de Souza, foram encontrados carbonizados dentro de um quarto.
Na época, as investigações trabalharam com as hipóteses de homicídio e latrocínio. Conforme o delegado responsável pelas investigações, Eduardo Menezes, da Delegacia de Investigação Criminal, a família não possuia bens de valor, logo, o latrocínio foi descartado.
As investigações apontaram ainda que pai e filho sempre brigavam e possivelmente Márcio tinha algum transtorno mental. “Ele nunca trabalhou, não constituiu família e esse era o principal motivo da briga entre pai e filho”, explicou o delegado.
Na véspera do crime, Márcio ligou para o irmão avisando que queria se mudar porque não estava conseguindo sustentar a relação com o pai. Ele teria dito ainda para uma irmã que a família teria uma surpresa.
“Na hora de se despedir, como era de rotina, Márcio estava sentado no sofá, não ajudava nos afazeres de casa, não procurava emprego, com fone ouvindo música, com a televisão ligada e ar depressivo. Ela [a irmã] chamou a atenção dele [..] e ele fala: vocês vão ter uma surpresa e vai ser logo”, afirmou o delegado.
“Ele tenta deixar a casa, mas por não saber dirigir emperra o carro em um barranco, uma manobra fácil de se fazer, volta a pé e resolve se matar. Antes de se matar dentro do quarto ele provavelmente coloca fogo no colchão. O botijão de gás estava lá e até pegar fogo ele teve tempo de se enforcar. Se matou e depois o fogo tomou conta do cômodo”, explicou o delegado.
Por fim, a polícia explicou que não foi possível determinar como o Acácio, que era o pai de Márcio foi morto porque o corpo estava totalmente carbonizado.
*Com informações do G1 Tocantins
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